A secretaria municipal de Saúde informou nesta semana que encontrou algumas irregularidades na distribuição de medicamentos nas unidades da rede pública de Nova Friburgo. Durante uma auditoria realizada no mês passado, o Comitê Gestor descobriu que não havia controle adequado dos materiais retirados das farmácias e dos almoxarifados. Medicamentos e insumos acumulavam nos setores, o que dificultava o controle e a gestão sobre os estoques.
“As medicações saíam do almoxarifado e o ideal é que o excesso de medicamento retorne. Mas isso não é uma prática do hospital, o que vai criando subestoques. E qual é o problema do subestoque? O almoxarifado do setor não tem controle das medicações e, se não tem controle, pede mais material ao almoxarifado central, como se aquele material estivesse em falta nos setores. E o que isso acarreta? Um aumento de gastos dentro do almoxarifado central e, consequentemente, da secretaria de Saúde, além de facilitar o descontrole e desperdício desse material”, disse a subsecretária executiva da Saúde, Michelle Silvares.
Os fiscais do Comitê Gestor encontraram durante a auditoria materiais e medicamentos sem controle de estoque, medicamentos de alto custo sem o conhecimento dos gestores das farmácias e dos almoxarifados, o que, segundo o governo, onerava de forma desnecessária a secretaria. Dentro de um mesmo setor, encontraram, por exemplo, dez frascos de um medicamento que custa R$ 223 a unidade, ou seja, em apenas uma prateleira estavam R$ 2.230 sem nenhum controle.
Ainda de acordo com as informações divulgadas pela secretaria de Saúde, recentemente, o Comitê Gestor teve que pedir um tipo de antibiótico emprestado a um município vizinho porque o medicamento faltava nos estoques de Nova Friburgo. Para surpresa da equipe, durante a auditoria realizadas nos almoxarifados e farmácias, foram encontrados 36 frascos do tal antibiótico em um setor do Hospital Municipal Raul Sertã.
Após a realização da auditoria e das inspeções em cada unidade, a secretaria de Saúde informou que os medicamentos encontrados e estocados de forma indevida foram catalogados em planilhas. “Os remédios que ainda estavam dentro da validade retornaram para o almoxarifado central e aqueles que já estavam fora da validade serão incinerados”, esclarece a nota. O governo não detalhou quantos medicamentos foram perdidos por causa da falta de controle e não estimou o prejuízo, mas disse que a estratégia da nova gestão é aprimorar o controle para evitar perdas desnecessárias.
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