Massa de ar polar perde força, mas frio continua

Previsões mudam ao longo do dia e já não indicam queda brusca de temperatura nesta semana
segunda-feira, 17 de julho de 2017
por Jornal A Voz da Serra
O céu de Friburgo no entardecer de domingo (Foto: Adriana Oliveira)
O céu de Friburgo no entardecer de domingo (Foto: Adriana Oliveira)

Bota cobertor, tira cobertor.  A massa de ar polar que acompanhava a nova frente fria, vinda do Sul do continente, que prometia derrubar as temperaturas em todo o Estado do Rio de Janeiro a partir desta terça-feira, 18, perdeu força, e o frio deve continuar igual pelos próximos dias.

Esta é a nova previsão do Instituto Climatempo, que chegara a indicar quinta-feira como o dia mais frio da semana, com queda acentuada de temperatura.

À tarde, no entanto, tal como o hábito de vestir dos friburguenses nos últimos dias, a previsão já era outra, com as mínimas da semana variando entre 9 graus (segundo o Instituto Nacional de Meteorologia) e 13 graus, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Já as máximas da semana ficam entre 13 nesta terça-feira, 18, (segundo o Inmet) e 21 graus na sexta-feira, 21, (segundo o Cptec/Inpe). Enquanto isso, o friburguense segue a rotina do bota casaco, tira casaco. Sem saber ao certo a previsão do clima nos próximos dias, e muito menos poder se programar.

Na Região Serrana, segundo o Climatempo, o tempo não deverá ficar completamente fechado nos próximos dias. Ocorrerão alguns períodos de sol, mas poderão ocorrer chuvas de fraca a moderada ao longo da semana. Ou seja, tudo pode acontecer.

No fim da tarde desta segunda-feira, 17, o Climatempo explicou que a previsão foi atualizada no começo da tarde e os meteorologistas do instituto reavaliaram a previsão de frio para a Região Serrana fluminense.

Questionada pelo jornal A VOZ DA SERRA na semana passada, a meteorologista do Climatempo, Josélia Pegorim, derrubou na sexta, 14, um mito que vem sendo replicado nas redes sociais: o de que Nova Friburgo estaria entre as cinco cidades mais frias do Brasil, alcançando, em alguns dias, o primeiro lugar nesse ranking. Em 1º de julho, por exemplo, a mínima de 2,2 graus registrada em Salinas teria sido a menor do Brasil.

A título de exemplo, a meteorologista divulgou uma planilha com dados do Inmet que mostram a média climatológica das temperaturas mínimas de 18 cidades do Brasil entre 1961 e 1990. Só nessa amostra, aleatória, Friburgo aparece em 17º lugar. A VOZ DA SERRA pediu ao Inmet, em Brasília, para fazer um levantamento preciso sobre a posição de Nova Friburgo, e ainda não obteve resposta.

“Tecnicamente não podemos dizer que Nova Friburgo está entre as cinco cidades mais frias do Brasil. Existem dezenas de locais nos estados da Região Sul e mesmo no Sul de Minas, por exemplo, que podem ser considerados mais frios do que Nova Friburgo. Não sei de onde veio esta informação, mas tecnicamente não procede”, afirmou Josélia ao A VOZ DA SERRA.

Segundo a meteorologista, a estação atual do Inmet em Nova Friburgo localizada em Salinas, na zona rural do município, não revela adequadamente a temperatura da cidade.

 

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