Em pouco tempo, Lucas deu saltos importantes em sua carreira. Da base do Friburguense aos profissionais, tornou-se um dos principais jogadores do Tricolor da Serra. O sucesso com a camisa oito do Frizão despertou o interesse do Macaé, e na equipe do Norte Fluminense, conquistou o acesso para a série B do Campeonato Brasileiro. As apresentações e a regularidade chamaram a atenção e abriram as portas para a grande oportunidade: vestir a camisa do Vasco da Gama.
“Sou muito grato a todos que me ajudaram a chegar ao Vasco. Aos meus familiares, amigos, ao Friburguense, ao Siqueira, enfim, a todos. É um momento muito especial”, afirma, demonstrando a humildade que o caracteriza.
Ainda na pré-temporada, Lucas recebeu um olhar diferente do técnico Doriva. O contrato de empréstimo junto ao Friburguense (que detém os direitos do atleta), que a princípio seria assinado até o final do campeonato carioca, foi ampliado até dezembro de 2015. Se ainda não é titular, Lucas é utilizado com frequência pelo treinador. No segundo jogo da semifinal contra o Flamengo, por exemplo, Lucas substituiu o autor do gol, Gilberto (com quem costuma dividir o quarto nas concentrações), no segundo tempo.
“As pessoas não têm ideia do que é um clássico, a rivalidade. Jogar com o Maracanã lotado é indescritível, com a torcida cantando, apoiando. Começar no banco gera um pouco de ansiedade, nervosismo. Quem entra jogando já está no clima. Mas não podemos parar para pensar muito em tudo isso. Procurei entrar no jogo pra fechar os espaços, como o Doriva pediu. Graças a Deus conseguimos o resultado e chegamos à final.”
Elogios a Eurico Miranda
Natural de Bom Jardim, Lucas morou durante algum tempo no Espírito Santo, mas se considera também friburguense de coração. Logo em seus primeiros meses de Vasco da Gama, o volante terá pela frente uma decisão de campeonato carioca. Os dois jogos contra o Botafogo, neste domingo, 26, e no próximo, dia 3 de maio, podem consolidar o início brilhante de sua trajetória no clube de São Januário.
“Vamos ter que trabalhar muito. Vão ser dois jogos muito difíceis, equilibrados e precisamos jogar bem para ficarmos com o título“, destaca.
Adaptado ao Vasco, Lucas não poupa elogios ao presidente Eurico Miranda. Criticado por parte da imprensa, o comandante vascaíno é querido por todos os jogadores. “O Eurico é muito correto e todos gostam dele. Depois do jogo contra o Friburguense (quando o Vasco perdeu por 5x4), por exemplo, ele pediu uma reunião com os atletas. Todos nós estávamos esperando uma bronca, mas ele reiterou a confiança que tinha em nosso grupo e nos tranquilizou”, revela.
Sobre a rivalidade com o Flamengo, Lucas garante que a pressão da tão comentada “decisão à parte” não existe internamente. “O Eurico brinca, até porque é um torcedor do Vasco, mas isso fica para a imprensa e torcedores. Dentro do Vasco, no nosso ambiente de trabalho, não existe qualquer tipo de pressão diferente. Apenas aquela normal da responsabilidade de jogar um clássico”, garante.
Às vésperas do primeiro duelo decisivo contra o Botafogo, Lucas mantém o foco, mas não se esquece de agradecer o carinho dos friburguenses e dos torcedores da região. “Essa energia da galera de Nova Friburgo, das cidades da região, especialmente da minha Bom Jardim, é fantástica. Só tenho a agradecer por todo esse apoio que sempre me deram nos momentos difíceis inclusive.”
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