Lixo espacial: estudos calculam mais de 12 mil detritos em nossa órbita

Como se não bastassem nossos lixos em terra firme, agora eles caem diretamente do céu
segunda-feira, 04 de maio de 2015
por Jornal A Voz da Serra
Imagem divulgada em 2013 pela Agência Espacial Europeia (ESA) do lixo espacial acumulado na órbita terrestre. Há cerca de 12 mil objetos em volta do planeta, a maioria de satélites mortos, pedaços de foguetes e outros materiais sobre os quais não se tem nenhum controle (Cortesia de ESA)
Imagem divulgada em 2013 pela Agência Espacial Europeia (ESA) do lixo espacial acumulado na órbita terrestre. Há cerca de 12 mil objetos em volta do planeta, a maioria de satélites mortos, pedaços de foguetes e outros materiais sobre os quais não se tem nenhum controle (Cortesia de ESA)

São classificados como lixo urbano, o domiciliar, industrial, hospitalar e tecnológico. A quantidade de lixo produzido diariamente pelo homem é de aproximadamente 0,5-2,5 kg/hab/dia e se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores. Só no Brasil, produzimos um total de 240 mil toneladas por dia.

Não há mais o que contemporizar, negligenciar. Urge a conscientização da população, e isso pode ser promovido através da utilização da Política dos 3 R’s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. A coleta seletiva é uma das alternativas mais eficientes para reduzir o lixo, além de ser uma forma de contribuir para os catadores de materiais recicláveis. Portanto, através de simples atitudes e mudanças de comportamento, todo e qualquer cidadão pode colaborar para reduzir a produção de lixo.

Isso no que diz respeito ao nosso lixo urbano, o que gira ao nosso redor, aqui na Terra. Porque, além das quatro classificações listadas acima, lidamos agora, cada vez mais frequência e quantidade, com o lixo espacial.

Órbita tem mais de 12 mil detritos

Desde o lançamento do satélite Sputnik, as inovações tecnológicas são aprimoradas quase que diariamente, com estudos relacionados às condições climáticas, navegadores GPS, sinal digital para TV, telefonia, entre outros. Tamanho avanço se deve à persistência do homem pela busca do conhecimento.

Esses avanços tecnológicos são bem recebidos pela sociedade, afinal, é através de satélites lançados no espaço que desfrutamos de uma boa comunicação via celular, uma excelente imagem nos canais de TV, uso do GPS, entre outros confortos. Por outro lado, o preço a se pagar por tanta tecnologia é alto.

Tal crescimento produz, na mesma proporção, lixo espacial, que vem sendo motivo de preocupação para os cientistas. Desde o lançamento do Sputnik os cientistas não param mais de lançar objetos para o espaço. Pela busca de melhoria, ou até mesmo por concorrência, cada vez mais satélites são lançados, e na mesma proporção, cada vez mais lixo vai se acumulando sobre nossas cabeças.

Esse tipo de lixo é composto por restos de naves, tanques de combustíveis, satélites desativados, ferramentas perdidas por astronautas e objetos metálicos, que ficam girando ao redor da Terra. Todos esses objetos podem provocar danos às novas naves que são colocadas em órbitas e também aos astronautas.

Estima-se que estejam em órbita mais de 12 mil detritos que podem ser rastreados por conta do seu tamanho, que por sinal são considerados pequenos, mas que, como já dito, oferecem grandes danos às naves espaciais.

Segundo a NASA, um pequeno pedaço oriundo da colisão entre dois satélites em 2009 entrou na órbita da Estação Espacial Internacional (ISS), fazendo com que seus astronautas se refugiassem em uma cápsula salva-vidas. E assim segue a conquista do espaço que ainda não sabemos para onde nos levará.

  • Módulo PAM-D de um foguete classe Delta II, encontrado na Arábia Saudita (Cortesia de NASA)

    Módulo PAM-D de um foguete classe Delta II, encontrado na Arábia Saudita (Cortesia de NASA)

  • Tanque de um foguete Delta II que caiu nos Estados Unidos em 1997 (Cortesia de NASA)

    Tanque de um foguete Delta II que caiu nos Estados Unidos em 1997 (Cortesia de NASA)

  • Resto de foguete que caiu na África do Sul (Cortesia de NASA)

    Resto de foguete que caiu na África do Sul (Cortesia de NASA)

  • O Aparelho de Longa Duração à Exposição (LDEF) é uma importante fonte de informação sobre o ambiente de pequenas partículas orbitais (Cortesia de NASA)

    O Aparelho de Longa Duração à Exposição (LDEF) é uma importante fonte de informação sobre o ambiente de pequenas partículas orbitais (Cortesia de NASA)

  • Imagem do artista alemão Michael Najjar criada a partir de dados fornecidos pela NASA retrata a Terra e os 12 mil objetos que hoje orbitam a seu redor. Todos os anos, segundo a ESA, de 100 a 150 toneladas de material produzido pelo homem e lançado ao espaço retornam à atmosfera terrestre (Cortesia de NASA)

    Imagem do artista alemão Michael Najjar criada a partir de dados fornecidos pela NASA retrata a Terra e os 12 mil objetos que hoje orbitam a seu redor. Todos os anos, segundo a ESA, de 100 a 150 toneladas de material produzido pelo homem e lançado ao espaço retornam à atmosfera terrestre (Cortesia de NASA)

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