Os motoristas devem preparar o bolso para encher o tanque. Na última quarta-feira, 19, o governo decidiu aumentar tributos que incidem sobre combustíveis, com o objetivo de cobrir um déficit orçamentário de R$132 bilhões, em 2017. Caso a alta do imposto seja repassada na íntegra para o consumidor, o valor do aumento da gasolina, por exemplo, deverá ser de R$ 0,41. Já o diesel pode subir até R$ 0,21 por litro.
Em Nova Friburgo, uma das cidades do estado com preço mais baixo - em média, de acordo com o site da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o friburguense paga cerca de R$ 3,80 por litro de gasolina -, o litro pode chegar a R$ 4,21 com a alta. O diesel, em média, custa R$ 3,09, e pode subir para R$ 3,30, o que pode gerar impacto nas tarifas de transporte público. Já nesta sexta-feira, 21, alguns postos de combustíveis do município já reajustaram os preços da gasolina e do etanol.
No Caçulinha da Praça Getúlio Vargas, o litro da gasolina já aumentou de R$ 3,62 para R$ 3,92 (uma diferença de R$ 0,30).
De acordo com integrantes do governo, o presidente Michel Temer deu carta branca para a equipe econômica definir a medida.
Com a decisão, o PIS/Cofins incidente sobre a gasolina mais que duplicou, passando de R$ 0,38 para R$ 0,79 por litro. A Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) incidente sobre as operações realizadas com combustíveis também deve aumentar, mas a equipe econômica de Temer ainda avalia a medida a ser tomada. Isso porque a nova alíquota levaria três meses para entrar em vigor e a receita proveniente desse aumento teria que ser repartida entre os estados.
Firjan defende reformas, em vez de aumento de impostos
Em nota enviada à imprensa, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) se posicionou contrária ao aumento de impostos que irá impactar no bolso dos consumidores. “O Sistema Firjan reforça sua posição de que a saída para a crise fiscal não passa por mais aumento de impostos, mas na adequação dos gastos públicos ao novo cenário econômico e na urgência da aprovação da reforma da Previdência."
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