Juventude preocupante

terça-feira, 28 de novembro de 2017
por Jornal A Voz da Serra

UM RELATÓRIO divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) causa preocupação. Trata-se de um mapeamento pouco alentador para as gerações atuais e futuras, uma vez que mostra que a juventude representa mais de 35% da população desempregada em todo o mundo, totalizando 70,9 milhões.

A ESTIMATIVA é ainda mais desanimadora, já que esse volume deve aumentar em mais 200 mil em 2018, atingindo um total de 71,1 milhões. Em 2017, 39% dos 160,8 milhões de jovens trabalhadores no mundo emergente e em desenvolvimento vivem em pobreza moderada ou extrema, ou seja, com menos de 3,10 dólares por dia. Atualmente, mais de dois em cada cinco jovens em idade economicamente ativa estão desempregados ou trabalhando enquanto continuam na pobreza, uma realidade impressionante que afeta sociedades do mundo todo.

POR OUTRO lado, o relatório também destaca as vulnerabilidades contínuas das mulheres jovens no mercado de trabalho. Em 2017, a taxa global de participação delas na força de trabalho é 16,6 pontos percentuais menores que a dos homens jovens.

As taxas de desemprego das mulheres jovens também são significativamente maiores do que as dos homens jovens. Atualmente, mais de dois em cada cinco jovens estão desempregados.

DIANTE DA situação exposta, torna-se necessária a adoção de medidas, principalmente no Brasil, que possa garantir o aproveitamento da mão de obra jovem. É claro que, nos últimos anos, o governo federal tem investido em cursos técnicos. Milhares de vagas têm sido abertas com a finalidade de garantir qualificação e, ao mesmo tempo, contribuir para a melhoria do mercado de trabalho. Entretanto, além da preparação, torna-se fundamental a criação de postos de trabalho com capacidade suficiente para atender a demanda.

CASO CONTRÁRIO, a fila dos desempregados ficará ainda mais longa, já que os trabalhadores de outras faixas etárias também enfrentam o mesmo problema. Além disso, se não houver uma intervenção direta e eficaz, a situação pode ficar ainda mais grave, uma vez que, sem ocupação, os jovens acabam direcionando a energia para caminhos nada saudáveis, como as drogas e a depressão.

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