Jorge Felippe Neto: “É preciso unificar as universidades estaduais do Rio de Janeiro”

Deputado mais jovem do Brasil assumiu o compromisso de apoiar as pautas de Nova Friburgo e região
terça-feira, 28 de março de 2017
por Márcio Madeira
(Foto: Márcio Madeira)
(Foto: Márcio Madeira)

Dando continuidade à série de breves entrevistas realizadas durante o fórum Supera Rio Uerj, A VOZ DA SERRA publica nesta edição a visão do jovem deputado Jorge Felippe Neto, de 25 anos, e também registra o compromisso por ele assumido de apoiar demandas apresentadas por Nova Friburgo e municípios vizinhos na Assembleia Legislativa Fluminense.

A VOZ DA SERRA: Em sua opinião, o que pode ser feito de concreto para fortalecer a condição da Uerj e das universidades estaduais do Rio de Janeiro?
Jorge Felippe Neto: A importância da universidade pública é inquestionável num país em que apenas de 7 a 10% das pessoas têm ensino superior completo. Ou seja: nós ainda temos 93% para avançar. Boas universidades públicas são prementes não apenas para que o país supere essa crise, mas para que nunca mais enfrente uma crise como esta. Porque a crise atual não é predominantemente econômica, política, administrativa ou criminal, mas sim uma crise provocada pela falta de educação, que gera tudo isso. A gente acredita num projeto de universidade estadual que seja una, que não haja diferenciação entre o diploma emitido pelo Instituto Politécnico e aquele emitido pela Uezo. Uma universidade unificada, que tenha como referência a universidade pública do estado do Rio de Janeiro, que não haja brigas esparsas entre uma e outra. Queremos que elas se unam para ganhar justamente força política neste momento. Força para superar a crise, força parlamentar. Eu penso que essa causa que Wanderson Nogueira está encampando é de fundamental importância. Há campi, ou mesmo a Uenf ou a Uezo, que se sentem esquecidos, que de certa maneira se sentem abandonados. Não sei se é o caso do Instituto Politécnico, até acho que não. Mas quando se unifica todas essas instituições à Uerj, o diálogo se torna mais fácil e também facilita uma série de questões. A Uerj já tem uma consolidação histórica legislativa, plano de cargos e salários... Enfim, são uma série de questões pelas quais é importante fazer essa unificação geral do sistema de ensino superior público estadual.

Nova Friburgo e a região do centro do estado são afetadas diretamente por diversas pautas que tramitam pela Alerj. A população friburguense e dos municípios vizinhos pode contar com o apoio do seu gabinete?
Sempre! Na verdade eu tenho vindo tanto à cidade, que ela já está virando quase uma extensão da Zona Oeste para mim. Lá é minha casa, onde eu milito, onde eu habito, onde eu cresci, e onde majoritariamente as pessoas me têm como referência parlamentar. Então, naturalmente há mais pedidos e mais ações de mandato voltadas para lá. Mas eu sempre faculto a qualquer região a utilização do nosso mandato. Foi um mandato que nasceu nas ruas, e tem que continuar assim. Um dos principais direcionamentos iniciais do mandato foi no sentido de criar interatividade. Pelo Facebook, sistema de WhatsApp, abrir o telefone do gabinete para não ficar aquela coisa chata de e-mail institucional, de modo que nós tenhamos as portas abertas para que qualquer cidadão possa dar uma ideia, fazer uma crítica, manifestar alguma forma de apoio, ou seja lá o que for. É um mandato que precisa ser aberto. Nós também chegamos a essa crise, entre outros fatores, por falta de transparência e por omissão parlamentar. Então, se com meus 25 anos eu represento uma nova geração, penso que nós temos que mudar esses paradigmas. A transparência é uma via de mão dupla. Não basta elencar as ações que você está realizando, mas também é preciso permitir que as pessoas influenciem essas ações.

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