Instituto Politécnico da Uerj adia início das aulas pela quinta vez

Segundo período letivo de 2016 começaria na próxima segunda-feira
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
por Jornal A Voz da Serra
O Instituto Politécnico tem faixas e cartazes em protesto (Foto: Henrique Pinheiro)
O Instituto Politécnico tem faixas e cartazes em protesto (Foto: Henrique Pinheiro)

O Instituto Politécnico do Rio de Janeiro (IPRJ), em Nova Friburgo, adiou pela quinta vez o início das aulas do segundo semestre de 2016, até que o governo apresente um calendário de repasses das verbas atrasadas. O Fórum de Diretores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) reavaliou a situação da instituição nesta sexta-feira, 10, e constatou que as unidades da universidade não têm condições de começar as atividades devido à falta de recursos.

“As aulas só voltam dois úteis após a concretização do mínimo para o funcionamento de todos os campi da Uerj”, disse o diretor do IPRJ, Ricardo Barros. “Os empregados da empresa de limpeza já estão recebendo o aviso prévio ontem, 9. Os funcionários que estavam em experiência foram demitidos”.

O segundo semestre letivo de 2016, atrasado por causa da greve de mais de 150 dias no ano passado, começaria na próxima segunda-feira, 13, mas foi adiado porque a Uerj não consegue receber do estado o restante dos recursos do orçamento de 2016 que ainda não foram pagos devido ao agravamento da crise nas finanças do governo. Em meio a essa situação alunos já cogitam sair do Instituto Politécnico.

O estado repassou apenas 76% dos recursos para a instituição no ano passado.  Uerj tem uma dívida de R$ 360 milhões com servidores - cujos salários vêm sendo depositados com atraso e em parcelas, fornecedores e empresas que prestam serviços de limpeza, manutenção e vigilância. No IPRJ, o fornecimento de água e luz só não foi cortado por determinação da Justiça. O atraso nos repasses do governo do estado está impedindo o pagamento de bolsas, prejudicando projetos de pesquisa no instituto. Os técnicos e professores voltaram a cruzar os braços.

O governo estadual afirma que vem concentrando esforços na busca de soluções para a superação do atual quadro de graves dificuldades enfrentadas pela instituição. No fim do mês passado, Pezão fechou acordo de ajuda financeira com o governo federal. Em troca de empréstimos para minimizar o déficit nas contas e da antecipação de rendas futuras de royalties do petróleo, o governo fluminense deverá entrar em um programa de ajuste fiscal que inclui a venda da Cedae o aumento na alíquota de contribuição dos servidores de 11% para 14%. As medidas dependem de aprovação da Alerj.

 

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