Frizão e Resende empatam em 1x1 no primeiro duelo pela semifinal

A decisão da vaga fica para esta quarta-feira, no Estádio do Trabalhador
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
por Vinicius Gastin
Jogadores comemoram o gol de Lohan, artilheiro da Copa Rio (Foto: Friburguense A.C.)
Jogadores comemoram o gol de Lohan, artilheiro da Copa Rio (Foto: Friburguense A.C.)

Equilíbrio, muita marcação e tensão. Elementos que compõem os últimos encontros entre Friburguense e Resende, e ajudam a contar novamente a história da partida do último sábado, 8, no estádio Eduardo Guinle, pelas semifinais da Copa Rio. Como num jogo de xadrez, houve bastante estudo e chances reduzidas para o xeque-mate. O Frizão conseguiu um, com o artilheiro Lohan, e os visitantes alcançaram o empate ainda no final do primeiro tempo, com Dieyson, decretando assim o 1 a 1 em Nova Friburgo.

A decisão da vaga fica para esta quarta-feira, 12, no Vale do Aço. Friburguense e Resende jogam às 15h, no Estádio do Trabalhador. Em caso de novo empate, o finalista será definido nos pênaltis. Na outra semifinal, a Portuguesa fez 4 a 0 sobre o Itaboraí, na Ilha do Governador, e praticamente encaminhou a classificação.

Lohan marca, mas Resende empata

Um jogo de 180 minutos geralmente não se decide em apenas 20. Por isso, os primeiros movimentos de Friburguense e Resende foram de estudo, muita marcação e pouca emoção. O time visitante até conseguiu furar a meta do Frizão, mas em condição irregular, prontamente assinalada pelo bandeira. Minutos mais tarde, Luiz Felipe tentou lançar com os pés, mas pegou mal na bola, proporcionando o contra-ataque ao alvinegro. A jogada terminou nos pés de Marcel, que bateu rasteiro para a defesa do goleiro tricolor.

Se o jogo apresentava-se truncado e com poucos espaços, arriscar de fora da área e apostar no jogo aéreo poderiam ser boas alternativas. O Friburguense utilizou essas duas armas para obter sucesso. Tudo começou com o chute de longe de Sérgio Gomes, que quicou na frente de Arthur. O camisa 22 do Resende ainda conseguiu espalmar para escanteio. Léo cobrou, Lohan cabeceou no ângulo e Arthur voltou a colocar pela linha de fundo em grande defesa.

O lado mudou, mas a precisão e o destino não. Léo buscou novamente Lohan, que ganhou pelo alto do marcador e mandou de cabeça para estufar as redes, aos 17 minutos. Esse foi o sétimo gol do jovem atacante, artilheiro da Copa Rio.

Logo depois do tempo técnico, a primeira substituição. Mas engana-se quem pensa que ela foi promovida por Merica ou Toninho Andrade. O juiz da partida, Carlos Braga, sentiu uma lesão e foi substituído pelo quarto árbitro Tarcisio Pinheiro. Mero detalhe que em nada interferiu no panorama da partida.

Os espaços permaneceram reduzidos, e o Resende tentava avançar com a posse de bola. Numa dessas, o Friburguense conseguiu roubar e pegar a defesa rival desarrumada. Gleison arrancou e deixou Lohan na boa, praticamente de cara com Arthur. O atacante conduziu, mas demorou a bater, sendo travado pela marcação.

Na cobrança de escanteio, Léo encontrou Pierre, que subiu e testou com perigo à direita. De fato, o Tricolor da Serra foi mais eficiente que o rival nesse tipo de jogada. Marcel teve algumas oportunidades para levantar a bola na grande área tricolor, mas nenhuma delas chegou a levar perigo. No entanto, a partir de um rebote da defesa em bola mal afastada, Dieyson conseguiu empatar para o Resende aos 45 minutos.

Segundo tempo morno

A etapa final começou em ritmo muito parecido com o do primeiro tempo. Muitas faltas no meio-campo, lançamentos e disputas pelo alto. Diversas faltas e quase nenhuma construção ofensiva. No perde e ganha, os jogadores responsáveis pela criação de ambas as equipes encontravam muito poucos espaços.

Quando o Resende conseguiu encaixar o contra ataque, Wandinho errou o alvo em chute da intermediária. Do mesmo modo, o Friburguense conseguiu chegar quando Lohan recebeu de Sérgio Gomes e escorou para Ziquinha bater por cima. Aos 15 minutos, perigo de verdade: Marcel cobrou falta, a bola passou por todo, quicou e Luiz Felipe fez difícil defesa. O goleiro tricolor também impediu o gol no rebote, em lance de puro reflexo.

O jogo, enfim, esquentou, e depois da cobrança de Léo, Vitinho escorou de cabeça para boa intervenção de Arthur. O Resende atacou de um lado, o Friburguense respondeu de outro. Não houve conclusão a gol em nenhuma delas.

Merica trocou algumas peças. Sérgio Gomes, por contusão, e Ziquinha por opção. Dois jovens da base, Rafael e Lucas, tiveram a missão de substituir os dois experientes jogadores. Também cria da casa, Luiz Felipe voltou a aparecer bem nos pés de Wandinho, aos 29 minutos.

A bola alta voltou a ser boa alternativa, e aos 34, Léo cruzou para Pierre cabecear à direita, com perigo. Três minutos depois, um lance incrível: Vitinho arrancou e lançou Jarles, que havia acabado de entrar. O atacante rolou para Gleison, que dividiu com o goleiro. A bola caprichosamente subiu e passou por cima do travessão.

O Tricolor da Serra ainda tentou mais alguns levantamentos à grande área, enquanto o Resende apostou tudo nos contra-ataques. Nem um e nem outro. A decisão da vaga ficou mesmo para quarta-feira no Vale do Aço.

Ficha Técnica

Friburguense 1 x 1 Resende
Copa Rio 2016 - Semifinal
Jogo de ida
08/10/2016 - 16h

Estádio Eduardo Guinle, Nova Friburgo - RJ
Renda: R$ 2.460
Público: 240 pagantes / 278 presentes

Árbitro: Carlos Eduardo Nunes Braga / Tarcísio Pinheiro Campos
Assistentes: Wallace Muller Barros Santos e Rafael Gomes Rosa

Friburguense: Luiz Felipe, Léo, Pierre, Diego Guerra, Ricardo; Bidu, Vitinho, Sérgio Gomes (Rafael) e Gleison, Ziquinha (Lucas) e Lohan (Jarles).
Técnico: Merica

Resende: Arthur, Muriel, Marcos Costa, Anderson, Gustavo Moura, Dieyson, Léo Silva (Matheus), Marcel, Robinho, Welber (Paulo Santos) e Wandinho (Yago).
Técnico: Toninho Andrade

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