Friburguense ganha prêmio de arquitetura em Roma

Núbia Gremion foi estudar na Europa através do Ciência sem Fronteiras
segunda-feira, 03 de agosto de 2015
por Karine Knust
Núbia e seus colegas ganharam o “Agritecture and Landscape 2015”
Núbia e seus colegas ganharam o “Agritecture and Landscape 2015”

Núbia Gremion, 26 anos, assim como alguns friburguenses que entrevistamos para a série “Friburgo sem Fronteiras”, publicada nos fins de semana de junho, foi estudar no exterior através do programa do governo federal Ciência sem Fronteiras. E o resultado desta experiência não poderia ser mais gratificante: o trabalho de faculdade do qual participou ganhou o prêmio internacional “Agritecture and Landscape 2015”, voltado a projetos arquitetônicos e de paisagem de cunho sustentável com foco em áreas rurais.

Em agosto de 2013, Núblia ingressou no curso de arquitetura da Università degli Studi Roma Ter, em Roma, e voltou para o Brasil em 2014. No entanto, a boa notícia só chegou no fim do mês passado. “O projeto fazia parte de uma das disciplinas da faculdade. Um de nossos professores gostou muito do trabalho e resolveu nos inscrever na premiação 2015. No dia 20 de julho foi publicado no site da faculdade o resultado. Fiquei surpresa e extremamente feliz quando vi que entre os vencedores lá estávamos nós”, conta ela.

Além de Núbia, outros 24 alunos se dividiram em grupos para elaborar cada detalhe do trabalho que englobava disciplinas de Projeto, Urbanismo e Economia Urbana. O desafio, que rendeu um dos prêmios mais conhecidos do setor, foi criar um projeto urbanístico para a região de Casal Monastero — área de caráter rural com cerca de 1.200 hectares que pertence a Roma —, transformando-a em parque agrícola mesclando o moderno e o rural de forma sustentável. O subgrupo da friburguense, composto por outros dois colegas de classe, ficou responsável por criar residências sustentáveis. “Criamos um quarteirão ecológico, com direito a um parque agrícola, um programa de mobilidade sustentável, residências de alta eficiência energética, hortas urbanas e coleta seletiva”, explica a jovem.

“O projeto foi muito inovador. Além de nos dar subsídios para entender e projetar a malha urbana de áreas rurais, algo que é deixado de lado não só na Itália, como no Brasil e em muitos outros países, aumentou nosso conhecimento em assuntos de sustentabilidade. Isso é um tema muito atual e necessário na arquitetura e urbanismo de todo o mundo”, revela Núbia.

A jovem deve voltar à Europa em outubro para participar, juntamente com os demais colegas, da premiação do Agritecture and Landscape 2015. Enquanto o tão esperado dia não chega, Núbia trabalha no projeto que defendeu em sua conclusão de curso, também no mês passado: uma proposta de um novo teatro para dar lugar à antiga casa de espetáculos Canecão, no Rio. A ideia, que contou com a orientação do cenógrafo e um dos maiores consultores em projetos de arquitetura de teatros do país, José Dias, está sendo avaliado pela UFRJ para participar de concursos de arquitetura.

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