Campeã do Troféu Maria Lenk e qualificada para o Pan-Americano do Canadá, Jhennifer Alves sobe degraus a cada competição disputada. No Sul-Americano, realizado no Peru, a atleta de Nova Friburgo conquistou mais três medalhas importantes com a Seleção Brasileira Juvenil. A principal foi o ouro nos 100m peito, com o tempo 1m10s78, um novo recorde para a prova.
“Eu adorei participar do Sul-Americano e poder defender o Brasil. Eu sempre sonhei em participar da seleção, mas não imaginei que a oportunidade ia aparecer tão rápido. Mas fico imaginando que as próximas competições serão ainda melhores. Isto me motiva a treinar muito mais. Estou muito focada nos treinamentos e busco sempre me dedicar muito para poder ajudar mais o Brasil. Já estou ansiosa e espero que as competições cheguem logo”, comentou.
A prata nos 200 metros peito e o ouro nos revezamento 4x50 medley por equipes representam mais um passo para se firmar como uma das principais atletas da modalidade do país. Com apenas 17 anos, a nadadora friburguense recebeu a confirmação da convocação para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, assim como para o Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan. Ambos serão realizados em julho próximo.
Show de Jhenny e do Brasil
De fato, o Brasil teve um início avassalador no Campeonato Sul-Americano Juvenil, que teve sua primeira etapa na noite da última quarta-feira, 15, em Lima, no Peru. A seleção esteve no pódio em 19 das 20 provas com 14 medalhas de ouro — incluindo a de Jhenny —, oito de prata e duas de bronze. Foram quatro dobradinhas — quando se alcança o primeiro e o segundo lugares —, consolidando uma liderança que já era esperada frente à natação sul-americana.
No balanço dos dois primeiros dias do Sul-Americano a Seleção acumulou 52 medalhas. Na quinta-feira, em 18 provas, foram 15 vitórias, em um total de 28 medalhas — 15 de ouro, nove de prata e quatro de bronze. Foi exatamente neste dia que Jhennifer Alves foi a segunda mais rápida na prova dos 200 metros peito. De todas as provas do dia, apenas em uma delas, os 200 borboleta Juvenil A masculino, o Brasil não teve pelo menos um nadador no pódio.
Das 16 provas individuais, em 11 delas a Seleção colocou dois nadadores no pódio, e destas 11, oito delas foram dobradinha. A realidade aponta um distanciamento cada vez maior entre o Brasil e os demais países da América do Sul. Ao final, o Brasil foi campeão sul-americano com 92 medalhas, recorde absoluto na história da competição — 54 de ouro, 29 pratas e nove bronzes. No último dia, foram 12 de ouro, seis de prata e uma de bronze com dois recordes de campeonato batidos. A geração é apontada como promissora, e a friburguense Jhennifer se firma como uma das principais apostas.
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