Esta semana, a Secretaria Estadual de Agricultura começa os primeiros testes para utilização dos drones — veículos aéreos não tripulados e controlados remotamente — em operações de monitoramento das microbacias hidrográficas do interior. Os drones são uma novidade utilizada cada vez mais em diversos setores, e agora também no monitoramento ambiental das áreas rurais. Para hoje, 12, estão previstos dois treinamentos com voos experimentais para marcação de rotas.
O primeiro sobrevoo será a partir das 15h na microbacia de Barracão dos Mendes, no distrito de Campo do Coelho. O monitoramento será no entorno do Ibelga (Instituto Bélgica Nova Friburgo) e o segundo em Itaperuna, no Noroeste fluminense, no próximo domingo, 15.
Inicialmente o drone, que permite fazer fotos e vídeos, será utilizado para o mapeamento de ecossistemas no entorno das matas ciliares das microbacias hidrográficas da Região Serrana.
De acordo com a legislação, a área de proteção permanente (APP) — vegetação à beira dos rios — é de grande importância para a preservação dos recursos hídricos.
O projeto de monitoramento é um desenvolvimento tecnológico do Programa Rio Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura, em parceria com o Ministério da Educação e pesquisas em universidades da Alemanha. Além do monitoramento dos recursos hídricos, o equipamento poderá ser usado também no apoio à gestão de microbacias e ao manejo de práticas agropecuárias sustentáveis.
O drone é originário da Alemanha, pesa cerca de um quilo e foi adquirido com recursos do governo daquele país, através do Projeto Integração de Ecotecnologias e Serviços para o Desenvolvimento Rural Sustentável no Rio de Janeiro, que vem realizando ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico no estado desde o ano passado, junto com o Programa Rio Rural.
Segundo o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, a parceria com as universidades alemãs estimula um ambiente de inovação favorável ao desenvolvimento do setor agropecuário. "Estamos trabalhando para adaptar tecnologias, inclusive aquelas que não são específicas do setor agrícola, como os drones, e colocá-las a serviço dos que vivem no campo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, das condições ambientais e produtivas”, afirmou o secretário.
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