Efeito Tocha: as diversas obras realizadas para receber o símbolo olímpico

População de Nova Friburgo espera que trabalhos continuem após as Olimpíadas
terça-feira, 26 de julho de 2016
por Jornal A Voz da Serra
Trecho da Rua Sylvio Henrique Braune, subida do teleférico, ganhou nova pavimentação (Foto: Lúcio Cesar Pereira)
Trecho da Rua Sylvio Henrique Braune, subida do teleférico, ganhou nova pavimentação (Foto: Lúcio Cesar Pereira)

A três dias da visita da tocha olímpica, basta percorrer o trajeto pelo qual seguirá o revezamento para constatar os efeitos da união de esforços entre poder público, concessionárias e representantes da sociedade civil organizada, no sentido de dar à cidade o melhor aspecto possível, com vistas a recuperar a médio prazo, em mídia espontânea positiva, o investimento feito ao longo de um ano e meio de planejamento e execução do evento.

Desde a redução do desnível no km 78 da RJ-116 até o asfaltamento de parte do acesso ao mirante do teleférico, passando pela pintura de faixas e meios-fios e a recuperação de canteiros, diversas obras longamente aguardadas têm sido impulsionadas pela visibilidade nacional e internacional atrelada aos jogos do Rio 2016. Nas ruas, essa constatação é amplamente reconhecida.

No entanto, essas mesmas obras têm também despertado o receio de diversos moradores e comerciantes, preocupados com a eventual descontinuidade dos trabalhos ao término da exposição olímpica e paralímpica. É o caso de Luiz Vianna, funcionário do Hotel Dominguez Master. “Fizeram o asfalto em vários trechos da subida até o teleférico, mas o percurso podia ter melhorado ainda mais. Restaram muitos buracos, muita ondulação, e o acesso por trás da Igreja de Santo Antônio também precisa de melhorias. A nossa cidade é turística, limpeza e manutenção das ruas precisam ser feitas sempre. A presença da tocha é importantíssima para o município, isso não se discute. Mas será que é preciso receber um evento como deste porte para que sejam realizadas tarefas que são dever do estado e direito do cidadão que paga seus impostos?”, questionou o hoteleiro.

A reportagem de A VOZ DA SERRA constatou, por exemplo, que a subida da Rua Sylvio Henrique Braune, pelo lado esquerdo logo após o número 7, continua abrigando um longo trecho sem calçada, e com bueiro “boca de lobo” parcialmente aberto. Uma aluna da Faculdade de Odontologia que preferiu ter a identidade preservada comentou a situação. “É inegável que tem havido progressos, como a instalação da travessia próxima ao Colégio Modelo, e o asfaltamento de trechos da subida até o teleférico. Mas nós precisamos de uma calçada aqui, e esses bueiros também precisam ser tapados. É uma questão de segurança. E não é nada que requeira muito investimento, mas a grande preocupação das pessoas é saber se essas obras vão continuar mesmo depois das Olimpíadas”, explicou a futura dentista.

A tocha olímpica circulará por Nova Friburgo no próximo sábado, 30, cumprindo um itinerário de 12,5 km entre a ponte da Saudade e a Via Expressa, passando pela Avenida Alberto Braune, pelas praças Dermeval Barbosa Moreira e Getúlio Vargas, pela Avenida Euterpe, pela Rua General Osório e pelo Nova Friburgo Country Clube, ao longo de aproximadamente duas horas e quinze minutos a partir das 15h30.

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