Dia do mágico: e quando tudo dá (muito) errado?

Arte é milenar e, algumas vezes, truques mal-sucedidos custaram vidas
sábado, 27 de janeiro de 2018
por Adriana Oliveira
Dia do mágico: e quando tudo dá (muito) errado?

O mais antigo registro de um número de mágica está num papiro escrito dois mil anos antes de Cristo: era uma apresentação feita a um faraó egípcio, descrevendo o ressuscitamento de animais após serem decapitados, como gansos e bois. Não se sabe até que ponto ele conseguiu iludir o faraó. Mas é fato que algumas vezes os truques deram tão errado a ponto de ceifarem vidas.

O mágico sueco Balabrega, por exemplo, estava em turnê pelo Brasil, em 1900, e planejava apresentar um número surpreendente: fazer seis assistentes vestidas de mariposas sumirem em chamas. Para funcionar, era preciso usar um gás específico. Como Balabrega não conseguiu encontrá-lo, decidiu usar acetileno. Resultado: uma explosão matou na hora o mágico e uma das assistentes.

Em 1930, Royden Joseph Gilbert Raison de la Genesta morreu ao tentar repetir o truque de escapar de um galão cheio de água fechado com cadeado. O segredo era que a tampa sempre podia ser retirada, sem a influência do  cadeado. Mas um suporte havia caído durante o transporte, criando uma espécie de dente que lacrou a tampa e não permitiu que ela se movesse. Sem conseguir sair, o mágico acabou morrendo.

Em 2007, a japonesa Mariko Itakura, mais conhecida como Princesa Tenko, foi colocada em uma caixa que seria perfurada por diversas espadas. Não conseguiu sair no tempo previsto e acabou sofrendo cortes profundos perto das costelas e na bochecha. Ainda assim, ainda continuou o espetáculo.

Da mesma forma, o mágico sul-africano Charles Rowan, conhecido como Karr, o Misterioso, costumava se deitar no meio de uma pista usando uma camisa de força, enquanto um carro acelerava em sua direção em alta velocidade. Uma vez, em 1930, não conseguiu se soltar a tempo e acabou morrendo atropelado em pleno espetáculo. Ele tinha tanta consciência do risco que deixou uma carta livrando o condutor do carro da culpa caso o truque desse errado.

 

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