Os meses de inverno são o auge da temporada de montanhismo nos municípios da Região Serrana. A estação é considerada ideal para a prática devido à pouca incidência de chuvas e às temperaturas mais amenas, combinação perfeita para as expedições junto à natureza. Em Nova Friburgo, não faltam opções para quem gosta de escaladas e caminhadas nas trilhas e montanhas situadas em áreas urbanas e rurais do município. O diferencial fica por conta do relevo único de algumas formações rochosas e suas inusitadas denominações, que remetem à semelhança com animais e os mais diversos objetos. Confira algumas singulares montanhas situadas na região e seus curiosos nomes:
Pedra do Cão Sentado
A mais famosa montanha de Nova Friburgo é também o símbolo turístico da cidade, tendo recebido este nome por se assemelhar a um cão de guarda sentado. Com 111 metros e única no mundo, a formação é a principal atração do Parque de Furnas do Catete, situado às margens da RJ-116 próximo à praça de pedágio (Nova Friburgo-Bom Jardim). A imponente rocha está a 1.111 metros de altitude e teria surgido em decorrência de um acidente geográfico ocorrido três mil anos a.C. Seu curioso formato ganhou destaque há quase seis décadas atrás, após vistoria do governador Roberto Silveira — que localizou e fotografou de helicóptero toda a área, tornando o Cão Sentado um patrimônio do Estado do Rio.
Chapéu da Bruxa
A pedra fica a 1.530 metros de altitude e está localizada entre os bairros do Cascatinha e Vargem Grande. A trilha é classificada como de nível fácil e exige esforço de leve a moderado, com um pequeno trecho de escalada com corda para acesso ao cume. Correntes foram fixadas no local por integrantes do Centro Excursionista Friburguense. No cume da montanha, é possível ter uma visão privilegiada de Nova Friburgo e das montanhas que cercam a cidade como os Três Picos, o Cardinot, a pedra da Pirâmide e as pedras da Catarina e do Imperador. “No Cascatinha já é possível avistar a pedra e o seu curioso formato que se assemelha ao chapéu de uma bruxa”, afirma o montanhista André Ricarte.
Mirante do Capacete
Montanha de cume arredondado e rochoso, fazendo parte do Maciço dos Três Picos, com 2.197 metros de altitude. Fica ao lado do Pico Maior, ponto culminante de toda Serra do Mar, e possui diversas vias de escaladas em seus enormes paredões. Do topo, cujo formato assemelha-se ao de um capacete, é possível avistar todo o Vale dos Três Picos, além da Serra do Caledônia.
Pedra da Caixa de Fósforo
Está localizada no Parque Estadual dos Três Picos e tem esse nome por causa da formação rochosa com cerca de 20 metros que parece se equilibrar no alto do mirante. Há quem a conheça como Pedra dos Milagres por estar apoiada como que milagrosamente em um pedestal. “É incrível o posicionamento da pedra e intrigante como ela se mantém firme no topo”, observa Ricarte. Com 1.791 metros é uma das mais bonitas montanhas da região, que oferece um visual privilegiado.
Pedra do Elefante
Formação imponente que se assemelha ao perfil de um elefante e também é conhecida como Pedra do Imperador. Com cerca de 1.400 metros de altitude, proporciona uma das mais belas vistas panorâmicas de Nova Friburgo, que inclui os bairros do Cônego, Cascatinha, Vargem Grande, Olaria e Centro. De seu cume, também é possível avistar o Pico do Caledônia, as Catarinas e os Três Picos. O acesso a conhecida pedra que tem uma torre de telecomunicação se dá pelo bairro Granja do Céu e caminhada até o topo é de nível fácil, segundo montanhistas.
Pedra do Faraó
Incrível formação rochosa que recebeu este nome porque remete a imagem da cabeça de um faraó com seus adornos, quando observada de perfil, a distância. Com uma altitude em torno de 1.719 metros, situada em meio a uma topografia íngreme, está situada no limite dos municípios de Nova Friburgo, Silva Jardim e Cachoeiras de Macacu. O acesso por Friburgo fica na continuação da Trilha Theodoro de Oliveira x Macaé de Cima, seguindo pela estrada de chão depois da cachoeira Roncador. Segundo experientes montanhistas, a caminhada não é indicada para principiantes, por ter uma trilha íngreme e não sinalizada, o que exige experiência e uma atenção especial. Após percorrer cerca de 4 km do começo da trilha dentro da densa mata, chega-se ao mirante, primeiro ponto onde se consegue ver o Faraó. A partir daí, leva-se cerca de uma hora para chegar ao cume. A imponente pedra também pode ser observada do Caledônia.
Pedra Riscada
Situada às margens da RJ -142, mais conhecida como Estrada Serra-Mar, esta formação é um dos destaques da paisagem de Lumiar e recebeu este nome por ser repleta de fissuras, resultado da ação da natureza ao longo dos séculos. Cercada de mata nativa, a pedra pode ser acessada por meio de uma trilha que tem início no km 3 da rodovia, numa caminhada que evidencia a exuberante natureza da região em meio a alguns percalços. Pedras no caminho, subidas íngremes e trechos escorregadios estão entre as dificuldades da trilha, feita em cerca de 3 horas e indicada para quem tem prática e experiência.
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