Crise já reduz combustível nas viaturas da polícia em Nova Friburgo

Há meses veículos administrativos estão parados nas garagens para evitar gastos
terça-feira, 28 de junho de 2016
por Jornal A Voz da Serra
Crise já reduz combustível nas viaturas da polícia em Nova Friburgo

Na semana em que o estado do Rio de Janeiro deve receber ajuda do governo federal de R$ 2,9 bilhões, depois do decreto de calamidade pública devido à crise, o governador em exercício, Francisco Dornelles, disse que a frota da polícia pode parar porque não há dinheiro para a gasolina. 

“Só aguentaremos até o fim desta semana”, alertou ele em entrevista ao jornal O Globo nesta segunda-feira, 27. Em Nova Friburgo, a situação do abastecimento de veículos das polícias civil e militar, porém, não é tão crítica. 

“Nós temos combustível suficiente para o período, mas tiramos alguns carros administrativos de circulação para reduzir as despesas durante esta fase financeira difícil. As viaturas do patrulhamento ostensivo, da P2 (investigação) e do comandante continuam sendo usadas na cidade”, disse o comandante do 11º BPM, coronel Carlos Eduardo Hespanha. 

Esse não foi o único reflexo da crise estadual. Além de atrasar o pagamento de fornecedores, entre eles a Petrobras Distribuidora, responsável por fornecer gasolina e álcool para as polícias civil e militar, há alguns meses, a Secretaria estadual de Segurança (Seseg) determinou que o tanque das viaturas das duas corporações só podem ser abastecidos com até 30 litros por dia.

A cota foi adotada no combustível para evitar que a circulação das viaturas fosse inviabilizada, até que a situação no governo se estabilize”, comentou Hespanha. Ao que tudo indica, o combustível não deve faltar pelos próximos meses no estado. Na entrevista, o governador Dornelles disse que o crédito extraordinário do governo federal será destinado para a segurança pública durante as Olimpíadas.

O recurso deve ser liberado até esta quinta-feira, 30, e será suficiente para arcar com os custos da Seseg por três meses. Hoje, a segurança do estado consome R$ 940 milhões por mês. O restante dos recursos será destinado à saúde e ao transporte público (metrô e barcas). O pagamentos dos servidores, no entanto, continua indefinido.

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TAGS: Crise | economia | 11º BPM
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