Entre os 22 loteamentos do bairro São Geraldo existe o Nilo Martins. A localidade enfrenta dificuldades comuns a outras de Nova Friburgo. A falta de capina nas ruas, a obstrução de bueiros e a falta de calçamento são alguns dos problemas relatados e enfrentados diariamente pelos moradores — mas o maior transtorno está na via principal do loteamento, a Rua Alberto Martins Asth, onde um enorme buraco toma conta da metade da pista, oferecendo perigo para carros e pedestres, impedindo que ônibus e caminhões circulem na parte alta do loteamento, além do fato de os moradores terem que conviver com o mau cheiro proveniente do interior do buraco, bem como a proliferação de ratos e insetos.
Segundo Dalva Freitas, moradora da localidade há 22 anos, a calçada cedeu há um ano e meio, em dezembro de 2013, e as autoridades foram avisadas. Desde então nada foi feito e o buraco cresce a cada chuva forte que cai, afirma ela. “Isso aqui virou um esgoto a céu aberto. É um descaso total. Sendo bem sincera, o próprio prefeito da cidade veio até aqui, esteve cara a cara com os moradores e deu um prazo de 60 dias para o conserto do buraco. Isso já completou um ano e meio. E a gente faz o quê?”, argumentou.
Os moradores contam que a casa existente na altura da calçada que cedeu abrigava três famílias. O imóvel, suspenso sob um grande espaço oco, foi interditado e as famílias tiveram que se mudar. “Queria ver se fosse com as famílias das autoridades; talvez isso estivesse pronto no dia seguinte. Já aconteceu de idosos e crianças quase caírem dentro do buraco que se formou no meio da rua. Esses dias mesmo eu ajudei uma senhorinha a passar por aqui, ela já com a visão bem debilitada não viu o buraco, sorte que ainda tinha uma fita de isolamento e foi o que impediu que ela caísse. Eu logo vi a situação e fui socorrê-la, ajudando a desviar do buraco, ou melhor, da cratera. Será que eles vão esperar a casa cair e arrastar junto com ela outras casas? Esperar os moradores ficarem isolados? Queremos uma solução, já esperamos muito.”, desabafa uma moradora que preferiu não se identificar.
Gilciléa da Conceição contou que outro grande transtorno aos moradores é em relação aos ônibus, que segundo os relatos eram poucos e hoje não circulam mais no loteamento. “Mãe com filho de colo, sacolas de compras na mão, bolsa, mochila e também os mais idosos têm que descer do ônibus na rua de cima e vir para casa andando, pois ônibus não passa mais aqui. E para piorar a maioria mora na parte de cima. Tem que subir morro andando porque é o único jeito.”
Devido à metade da pista estar interditada, é a outra metade que sofre com as consequências já que, segundo a moradora Dalva, o lado da pista que está sendo utilizada vem se desgastando e logo poderá ceder também. “O peso dos carros e alguns caminhões, que ainda insistem em passar aqui, está concentrado todo desse lado da pista, a gente já vê marcas de rachaduras e nota que a pista toda está sendo desgastada. Não existe mais nada por baixo.” Há um ano e meio que moradores esperam por uma solução, enquanto isso com as fortes chuvas na cidade e a circulação dos veículos leves e também os mais pesados, o buraco só aumenta.
A VOZ DA SERRA procurou a Prefeitura para saber a previsão de reparo da cratera, porém até o fechamento desta edição não obtivemos resposta.
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