Correios: problemas vão além de atrasos

Entregas equivocadas também são motivo de queixas da comunidade
quarta-feira, 15 de julho de 2015
por Dayane Emrich
Nilce Regina Faller Fornasier Poubel, de 58 anos: “Tenho recebido frequentemente a correspondência de outras pessoas”
Nilce Regina Faller Fornasier Poubel, de 58 anos: “Tenho recebido frequentemente a correspondência de outras pessoas”
Já faz um tempo que o jornal A VOZ DA SERRA vem recebendo queixas a respeito de atrasos nas entregas de correspondências. Em março deste ano, por exemplo, foi divulgada uma matéria sobre o Centro de Distribuição Domiciliar dos Correios (CDD), situado na esquina das ruas Dante Laginestra e Prefeito José Eugênio Müller, no Centro. Na ocasião, cerca de trinta pessoas esperavam em uma fila, exaltadas, para receber encomendas e correspondências que há meses não chegavam às suas casas.

A sensação que tenho é que eles não encontram a casa certa e depositam a entrega em qualquer caixa de correio

Nilce Regina Poubel, 58 anos

Na época, a assessoria de comunicação dos Correios informou que, para regularizar as entregas, a empresa estaria adotando providências para reposição de pessoal no CDD de Nova Friburgo, inclusive com operações especiais aos fins de semana. O que, entretanto, parece não ter ocorrido. 

O caso agora não se refere somente à demora das entregas. O recebimento de correspondências equivocadas tem, também, sido uma constante. É o que explica a aposentada Nilce Regina Faller Fornasier Poubel, de 58 anos. “Tenho recebido frequentemente a correspondência de outras pessoas. Nas cartas consta o nome da minha rua, mas o número da residência é outro. A sensação que tenho é que eles não encontram a casa certa e depositam a entrega em qualquer caixa de correio”, exclamou ela. Nilce, que mora na Alameda das Nogueiras, no Parque Dom João VI, explica ainda que reside no local já há alguns anos e que apenas um senhor morou lá antes dela. Logo, a correspondência que chega não pertence a antigos moradores. “Imagina se os verdadeiros donos destas correspondências estejam esperando por algo importante ou mesmo que seja apenas uma conta. O indivíduo, provavelmente, deve ter sempre o trabalho de pedir a segunda via”, disse ela. 

A aposentada frisou ainda o — tão comum — problema dos atrasos. “Não recebo nada em dia e, por isso, minhas contas são todas debitadas diretamente no banco”, afirmou ela, acrescentando que já fez várias reclamações e que nada mudou. “Eles sempre falam que é falta de efetivo. Agora, pretendo denunciar esta situação ao Ministério Público”, pontuou. 
De remetente para remetente

 Outro caso, desta vez bastante inusitado, aconteceu há cerca de quinze dias com o próprio jornal A VOZ DA SERRA. Nossa equipe comercial foi aos correios para enviar uma correspondência a um de nossos assinantes mas, passados alguns dias, a mesma carta foi entregue na portaria do jornal. Surpresa, Cristiane Paixão, funcionária responsável pelo envio e recebimento de correspondências de AVS, precisou explicar ao carteiro que o jornal era o remetente e não o destinatário. A situação relatada serve, no mínimo, para demonstrar a falta de atenção e respeito na realização do serviço dos correios na cidade.  

Entramos em contato com a assessoria de imprensa dos Correios, mas até o fechamento desta edição não obtivemos reposta.

 

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