Em noite de confraternização e coquetel na sede da Usina Cultural Energisa, na segunda-feira, 20, regado a vinho suíço, uma cortesia do cônsul geral da Suíça, Giancarlo Fenini, acompanhado do cônsul adjunto Christophe Vauthey, receberam autoridades municipais, empresários e membros da comissão organizadora dos festejos pelos 200 anos da fundação Nova Friburgo.
Estavam presentes: o prefeito Renato Bravo, os secretários municipais Marcos Marins (Cultura) e Wilton Neves (Turismo), os vereadores Pierre Moraes e Alexandre Cruz (presidente da Câmara), o empresário Geraldo Thurler (presidente da Colônia Suíça de Nova Friburgo), os diretores do jornal A VOZ DA SERRA, Adriana Ventura e Gabriel Ventura Braga, jornalista e ouvidor da Prefeitura Girlan Guilland, Elizabeth Maldonado (diretora da Usina Cultural), os professores e historiadores Janaína Botelho (colunista de A VOZ DA SERRA) e Henrique Bon, o advogado Roosevelt Concy (presidente do Country Clube), representantes das colônias, Alex Alfaia (presidente da Associação das Colônias de Nova Friburgo - Ascofri), do Sanatório Naval e da Casa do Velho Marinheiro, coronel Carlos Eduardo Hespanha (comandante do 11º BPM) e muitos outros.
Na abertura do encontro promovido pela Associação Fribourg-Nova Friburgo, Giancarlo Fenini demonstrou estar feliz com a realização da festa em maio de 2018, e satisfeito com o empenho das comissões de Nova Friburgo com a organização do evento. Citou os esforços da Associação na promoção da imagem da Suíça, e da importância de promover parcerias definitivas não só com Fribourg mas com os demais cantões da Confederação Helvética.
“Pretendemos dar andamento a projetos de várias setores da sociedade, em comum acordo com as duas cidades. Áreas como cultura, educação, tecnologia, arte e esportes são importantes e temos interesse em promover e criar um elo entre as nossas histórias. É preciso desenvolver projetos com essa finalidade”, disse o cônsul, lembrando que a partir de agora, todo mês haverá encontros entre as duas partes envolvidas, consolidando de forma definitiva a aproximação que teve início há mais de 40 anos, na década de 1970.
Recepção para 400 convidados
Segundo Geraldo Thurler, a hospedagem da comitiva formada por cerca de 400 pessoas vai exigir uma logística muito bem elaborada pela comissão de recepção para acomodar os visitantes nas residências de membros da colônia. Para atender a demanda de deslocamentos, passeios e compromissos, está em andamento a elaboração de um calendário pelo grupo de trabalho da Associação Fribourg-Nova Friburgo.
“Eles [os suíços] estão muito interessados no intercâmbio das famílias das duas cidades e nas atividades do polo audiovisual. Querem promover retrospectiva de filmes suíços e brasileiros, divulgar a nossa gastronomia e a deles, enfim, estão trabalhando para viabilizar projetos consistentes em diversas áreas. Há uns quatro anos estamos mantendo contato permanente com o Consulado Suíço para desenvolver propostas que unam cada vez mais as duas cidades, na verdade, consolidando cada vez mais esses laços, que vêm se tornando mais fortes a cada encontro”, contou Geraldo.
A identificação de Nova Friburgo com a Suíça é um objetivo de ambas as partes, de acordo com o presidente da associação. “Não só com o cantão de Fribourg mas com todos os outros mais de 10 cantões existentes, porque foi de cada um deles que os suíços vieram há mais de 200 anos. Em novembro, quando o cônsul e o adjunto estiveram aqui, a visita foi mais direcionada ao Instituto Casa Suíça, para tratar das condições de recepção às comitivas. Como prometeram, voltaram agora para se encontrarem com o prefeito e demais autoridades, empresários e membros da comunidade. As conversas estão bem adiantadas, os projetos explicitados e a programação sendo definida sem dificuldades”, explicou.
O registro dessa história desde a década de 1970
Desde os anos 1970, o jornal A VOZ DA SERRA vem acompanhando e divulgando o andamento das relações entre Fribourg e Nova Friburgo. Entre as inúmeras coberturas feitas por este veículo, da ligação crescente das duas cidades, está a foto da primeira comitiva de suíços a visitar nossa cidade, em 1976. O surgimento dessa amizade é lembrado com detalhes pelo jornalista Girlan Guilland:
“No início dos anos 1970, em visita à Suíça, o engenheiro Ariosto Bento de Mello conheceu o historiador Martin Nicoulin de quem ouviu histórias sobre os conterrâneos que haviam partido para o Brasil, em 1818. Desde aquele primeiro encontro o interesse sobre a ligação dos dois países cresceu ano após ano. Assim como o interesse das autoridades foi mútuo e resultou em intercâmbios entre os moradores de ambas as cidades. Friburguenses e suíços passaram a viajar para se encontrar e estreitar os laços. Pouco antes de um desses intercâmbios, o doutor Ariosto faleceu e então o prefeito na época, o irmão também engenheiro Heródoto Bento de Mello, assumiu os compromissos marcados com as autoridades suíças e as relações foram se consolidando com o passar dos anos”.
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