Com aproximadamente três quilômetros de extensão, a Avenida dos Ferroviários é — junto com a Avenida Nossa Senhora do Amparo — uma das opções de desafogo sempre que a principal via que liga o distrito de Conselheiro Paulino ao centro da cidade, a Avenida Roberto Silveira, está congestionada. Ao longo de seu perímetro, que vai da Rodoviária Norte até a confluência com as ruas José Alvarez Gomes, Clarindo Rosa Teixeira e Thurler, além de muitas casas e prédios residenciais, há igrejas e diversos estabelecimentos comerciais como mercados, padarias, lanchonetes, restaurantes, bares, lojas de roupa, de material de construção, de peças automotivas, entre outros. Isso sem falar da expressiva quantidade de imóveis em construção na localidade.
O destaque, no entanto, fica com a grande quantidade de oficinas de carro. São, pelo menos, dez no seu decorrer. Este fato é, aliás, um dos agravantes para a enorme quantidade de veículos estacionados de forma irregular ao longo da via, o que atrapalha significativamente a circulação de automóveis na rua. Uma moradora que preferiu não se identificar questiona a falta de fiscalização do governo municipal no local. “As autoridades têm que tomar uma atitude em relação a essas oficinas. Como muitas delas não comportam tantos carros, acabam estacionando os veículos ao longo da rua, isso quando não ocupam as calçadas e nós, pedestres, somos obrigados a disputar espaço com os carros na rua. É um absurdo”, exclamou ela.
Todos os dias, centenas de veículos passam pela Avenida dos Ferroviários, principalmente durante o horário de pico, a partir das 17h, e apesar dela ser uma alternativa para quem deseja fugir dos congestionamentos da Roberto Silveira, além do problema dos carros estacionados de forma irregular, entre eles veículos de grande porte como carretas e caminhões, os usuários da via encontram outras dificuldades.
Calçamento irregular, pista estreita, quebra-molas mal sinalizados e buracos foram algumas das complicações encontradas pela equipe de A VOZ DA SERRA em visita ao local na última segunda-feira, 4. “Acho que a Prefeitura devia fazer uma obra aqui para melhorar a situação da rua. Em horários em que sei que a Roberto Silveira está congestionada, prefiro passar por aqui. Embora também tenha muitos carros, é uma alternativa mais rápida”, disse o motorista Cleiton Ferreira, de 44 anos, acrescentando que “o problema é que a via é muito apertada e os carros estacionados acabam atrapalhando ainda mais o fluxo de veículos”.
É importante ressaltar que a Prefeitura, por diversas vezes, já falou em melhorias tanto na Avenida dos Ferroviários como na Nossa Senhora do Amparo a fim de que estas funcionem como válvula de escape ao tráfego pesado da Roberto Silveira. Os projetos, no entanto, ainda não saíram do papel.
Calçada: artigo de luxo
Se está difícil para os motoristas, para os pedestres as dificuldades não ficam atrás. Além da controvérsia carro na calçada/pessoas na via, os moradores e pedestres da Avenida dos Ferroviários possuem outras questões para se preocupar. Como se dividir espaço com os carros não fosse o bastante, estes precisam desviar da enorme quantidade de lixo acumulado nos passeios ao longo de praticamente toda a via. Em alguns trechos da avenida nem sequer existe calçada e, em diversos pontos, onde deveria ser uma área para a circulação de pedestres, a alta vegetação é que toma conta.
E a afirmativa “o que já está ruim não pode piorar” não se aplica nesse caso. Pedestre desatento não tem vez nesse lugar. Isso porque quem passa pelas “calçadas” da avenida em questão encontra (conforme mostra a foto abaixo, à direita) bueiros abertos e que representam um risco de acidente a mais para a população.
A equipe de A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Secretaria de Comunicação Social de Nova Friburgo (Secom-NF) com o objetivo de esclarecer os fatos mencionados. Porém, até o fechamento desta edição não houve resposta.
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