Quem chegou ao Eduardo Guinle no segundo tempo e não contou o número de jogadores em campo não deve ter percebido que o Friburguense tinha um homem a menos. A equipe comandada por Gerson Andreotti compensou a desvantagem numérica com muita disposição na noite de quarta-feira, 26, no Eduardo Guinle, mas não conseguiu transformar as diversas chances criadas em gol. Desta forma, o Bangu, que havia marcado na primeira etapa, venceu por 1 a 0 e levou os três pontos em Nova Friburgo.
De folga na segunda rodada da Copa Rio, o Tricolor da Serra volta a campo no dia 9 de setembro para enfrentar o Gonçalense fora de casa. O próximo adversário do Frizão goleou o Angra dos Reis por 4 a 0 em sua estreia, também na tarde de quarta-feira, em São Gonçalo.
Frizão nervoso
O torcedor do Friburguense estava com saudade da equipe. E também curioso para observar a formação ofensiva implementada pelo técnico Gerson Andreotti. Com Romulo, Jeferson e Jorge Luiz encostando em Caíque, o treinador planejou pressionar o Bangu nos primeiros minutos. No entanto, foi o time de Moça Bonita que chegou com perigo nos minutos iniciais, quase sempre se aproveitando de erros na saída de bola de um time que parecia nervoso. Aos quatro minutos, Carlos Alberto arriscou e levou perigo à meta de Afonso. As duas equipes priorizavam a troca de passes, e nos primeiros dez minutos, nenhuma falta aconteceu. O Frizão encontrava dificuldades para furar o bloqueio adversário, mesmo explorando os lados do campo com Caíque e Jefferson. Com este último, surgiram as melhores chances pela direita. Mas foi o Bangu quem teve a bola nos primeiros 20 minutos de partida, ao conseguir marcar o Tricolor da Serra ainda no campo de ataque.
Nesta mesma moeda, o Friburguense respondeu logo após o tempo técnico. Romulo interceptou o passe, avançou e bateu para a defesa de André. A maior posse do Bangu deu resultado aos 24 minutos, quando Everton cruzou e Samuel apareceu para tocar de cabeça, sem chances para Afonso. O Frizão buscou o empate rápido, e passou perto quando Sergio Gomes carimbou a trave direita de André. A equipe de Gerson Andreotti, a partir desse lance, passou a ter a bola dominada por mais tempo. Na jogada individual e chute de Jefferson, aos 33, o goleiro do Bangu teve que trabalhar para evitar o empate. Pouco depois, o Tricolor da Serra desperdiçou bom contra-ataque, a partir da arrancada de Romulo ainda no campo de defesa. Quando o Friburguense parecia esboçar uma pressão, o árbitro Felipe Gonçalves enxergou uma cotovelada de Jorge Luiz no adversário, e mostrou o cartão vermelho. Na cobrança da falta, Carlos Alberto levou perigo à meta de Afonso. Mesmo diante do cenário desfavorável, a equipe tentou na base da disposição, e até criou boas oportunidades pela direita de ataque. Entretanto, o Frizão foi para os vestiários em desvantagem numérica e no placar.
Pressão e desperdício
Não parecia que o Friburguense tinha um homem a menos nos minutos iniciais do segundo tempo. O time de Gerson Andreotti teve posse de bola, adiantou a marcação e chegou com perigo ao gol adversário. E o treinador mexeu apenas uma peça: tirou Felipe e colocou Damião para reforçar a marcação pela esquerda. Duas boas chances foram criadas com apenas três minutos, onde Jefferson e Caíque, que parou em André, quase marcaram. O preço da exposição era a oportunidade do contra-ataque para o Bangu, que acabou desperdiçando a primeira chance aos cinco. O Frizão pressionou e com grande defesa André impediu o gol de Romulo. Na sequência, Jefferson fez grande jogada individual pela direita e cruzou para Caíque desviar por cima. Duas vezes com Diego Guerra o Friburguense chegou perto de balançar a redes: primeiro de longa distância, e depois, de cabeçada por cima. O Bangu também teve grande chance aos 14 minutos, e Igor de Paula desperdiçou dentro da pequena área. O festival de chances perdidas teve prosseguimento com o toque de Caíque por cima da meta.
A pressão continuou depois do tempo técnico. O Friburguense buscou compensar a desvantagem numérica com disposição, e desta forma, controlava o jogo. O Bangu, acuado, passou a valorizar o tempo e cada falta recebida. Percebendo o bom momento, Andreotti ousou ao tirar o capitão Cadão e mandar a campo o atacante Ziquinha. A partir de uma jogada dele pela direita, uma sequência de dois cruzamentos e o chute de Bidu levaram perigo à meta carioca. Após bela trama, Caíque ajeitou e Ziquinha bateu no canto direito para a defesa de André.
As chances de empate mantiveram-se vivas quando Afonso cresceu para cima de Paulinho e fez defesa espetacular aos 33 minutos. Logo após o lance, a última cartada de Andreotti: o jovem Lohan. E foi da revelação tricolor o passe para a finalização cruzada de Ziquinha, com perigo, para fora. Em mais um lance incrível, Bidu recebeu na grande área e cabeceou à direita. O Friburguense pressionou até o minuto final e teve um escanteio aos 48, mas não conseguiu o empate.
Ficha Técnica
Friburguense 0x1 Bangu
Copa Rio 2015
1ª rodada
26/08/2015 - 19h30
Estádio Eduardo Guinle, Nova Friburgo - RJ
Árbitro: Felipe da Silva Gonçalves
Assistentes: Marcelo da Costa e Alexandre Eller
Friburguense: Afonso; Sergio Gomes, Cadão (Ziquinha), Diego Guerra e Felipe (Damião); Bidu, João Victor, Jorge Luiz e Jeferson; Romulo e Caíque (Lohan).
Técnico: Gerson Andreotti
Bangu: André; Éverton, Rafael Sales, Kerlyon e Guilherme; PH, Léo Brum, Luan Sérgio e Carlos Alberto (André Luiz); Igor de Paula e Samuel.
Técnico: Carlos Renan
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