Futebol e samba reunidos na Avenida Alberto Braune para um canto de amor ao Frizão. Nada mais brasileiro e friburguense na abertura do carnaval de Nova Friburgo. Como tornou-se tradição desde 2005, o Bloco do Frizão reúne esses ingredientes e leva um pouco do esporte mais popular do planeta à passarela do samba friburguense hoje, 5, o primeiro dia de folia. As camisas seguem à venda na Cantina Fri-Clube, do Friburguense, até os últimos momentos que antecedem o desfile - enquanto durarem os estoques. A concentração para a apresentação começa às 18h, no próprio clube. Após o desfile, previsto para acontecer às 21h, haverá o tradicional encontro dos componentes na dispersão, em uma choperia do Suspiro. Qualquer pessoa, sócia ou não sócia do Friburguense, pode adquirir as camisetas para participar do desfile.
Os últimos detalhes para a apresentação foram definidos durante uma reunião. Participaram Edmilson Debossan, representando a agremiação tricolor, o secretario municipal de Turismo Nauro Grehs, a sub-secretária da pasta, Valéria Mendonça, e o diretor de tráfego da Secretaria de Ordem Urbana, Carlos Alberto Bayer. "Foi um encontro muito proveitoso, pois serviu para apararmos algumas arestas sobre o desfile", destaca Edmilson.
Para o Carnaval 2016, o Bloco do Frizão escolheu como tema o responsável pela tradicional Escolinha do Serrano. "Do Serrano ao Friburguense, uma história de amor e carinho, em homenagem a Carlos Weber Jaccoud, o saudoso Bimba. Em 2015, o bloco homenageou os 35 anos de fundação do Tricolor da Serra.
A festa na avenida contou com mais de 400 pessoas, além da presença de alguns ídolos como Adriano e Eduardo, dirigentes e até mesmo de jogadores do elenco profissional. A expectativa é que alguns desses ídolos e atletas do atual elenco também participem da folia, uma vez que o Frizão só volta a campo pelo estadual semana que vem.
O homenageado
Desde os 16 anos de idade, Carlos Weber Jaccoud, o Bimba, trabalhou com crianças em Olaria. Na época ele jogava no juvenil do Serrano e já tomava conta da categoria pré-mirim. Mais tarde, formou uma escolinha de futebol com o amigo Carvalho, dos Correios, e continuou com o trabalho mesmo após a fusão do Serrano com o Fluminense, resultando no atual Friburguense. Seu pai, Weber Jaccoud, foi um dos fundadores do antigo Serrano.
Por mais de 20 anos, Bimba contou com a ajuda do amigo Luiz Combat. Outros, como Marcos Vinícius Mafort de Souza e Ricardo Pereira também fizeram parte dessa história. Os filhos Sávio e Sormani também foram e ainda são incentivadores da causa. A escolinha atendia – e continua atendendo - crianças e adolescentes de 5 a 15 anos nas categorias fraldinha, sementinha, pré-mirim, mirim e infantil.
O Bloco do Frizão
Durante anos, a "Segunda sem lei", evento realizado às segundas-feiras de carnaval, foi a principal confraternização entre amigos no Friburguense. O encontro ocorria na churrasqueira do clube logo depois do tradicional futebol das piranhas. Aos poucos, a festa foi perdendo força e o número de participantes diminuiu. No final de 2005, Edmilson Debossan e o xará Edmilson Py desenvolveram a ideia de criar um bloco para desfilar na sexta-feira de carnaval.
O projeto do Bloco do Frizão foi prontamente aceito por Jones Canto, à época vice-presidente social na administração de César Cornélio. Nomes como Monstrinho, Marcelo Cintra, Fabrício Stutz, Carlyle, Biru, Gibi e Robson Bob foram fundamentais para colocar a ideia em prática.
O bloco evoluiu e hoje possui instrumentos próprios, comprados com o dinheiro da venda das camisetas. O montante também é utilizado na manutenção de algumas peças e compra de adereços. Os enredos retratam assuntos ligados ao esporte e desde 2005, ano de sua fundação, o Bloco do Frizão só não desfilou em duas oportunidades.
2 fotos – legendas:
3- Camiseta deste ano traz um desenho em homenagem ao saudoso Bimba
4- Bloco leva as cores azul, vermelho e branco do Friburguense para a Avenida
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