Passam a valer a partir desta segunda, 6, as novas regras para a realização de partos cirúrgicos (cesarianas) no Brasil na rede particular de saúde. As normas, instituídas através de portaria do Ministério da Saúde, estabelecem que as cirurgias sejam realizadas apenas em casos de necessidade médica, com o objetivo de reduzir a incidência de cesarianas realizadas no país, uma vez que os procedimentos realizados via plano de saúde chegam a 85%. Segundo indicação da Organização Mundial de Saúde (OMS), somente 15% dos partos deveriam ser feitos através de cirurgia. As mães que optarem pela cesariana – cujas gravidezes não indiquem necessidade absoluta do procedimento – terão que pagar aos planos pela intervenção cirúrgica.
A medida determina ainda que os obstetras passem a preencher um partograma, relatório sobre o parto que será requisitado aos hospitais privados no momento da efetuação do pagamento pelo plano, caso o parto seja realizado através da cesariana. A medida estabelece ainda que as gestantes tenham acesso à taxa de cesarianas feitas por cada estabelecimento de saúde e por cada obstetra, de forma que possa escolher a instituição e o médico que fará o parto baseada nesses dados. As operadoras que não fornecerem essas informações estarão sujeitas a multa.
Humanização do parto é tema de exposição na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro
No Estado do Rio, cerca de 92% dos partos realizados na rede particular são cesarianas. A fim de fomentar o debate sobre o alto índice de cirurgias, uma exposição será montada na Praça Tiradentes a partir desta terça, 7. Intitulada “Sentidos do nascer”, a mostra reúne instalações, fotografias e atividades multimídia, com o intuito de engrossar a discussão acerca do parto natural no país.
A iniciativa surgiu através de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e a Universidade Federal de Minas Gerais e foi lançada em março deste ano na capital mineira. Na ocasião, mais de 11 mil pessoas puderam conferir a mostra que, entre outras brincadeiras lúdicas, permite que o visitante “nasça” de novo, ao passarem, no final do percurso, por um espaços que simulam o colo do útero e o canal vaginal.
A capital fluminense é a segunda cidade a receber a exposição. A visitação é gratuita e poderá ser feita de segunda a sábado, das 10 às 18h, até o próximo dia 26. Após, a mostra segue para Niterói, entre 1º e 31 de agosto, e Brasília, de 1º a 30 de novembro.
A humanização do parto já foi tema de matéria em AVS. Você pode conferir em http://avozdaserra.com.br/noticias/humanizacao-do-parto-no-brasil
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