Catarcione: lixo e natureza convivendo lado a lado

sexta-feira, 06 de abril de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Catarcione: lixo e natureza convivendo lado a lado
Catarcione: lixo e natureza convivendo lado a lado

Amine Silvares

O Catarcione vem sofrendo há anos com os mesmos problemas. Do lixo, passando pelos horários insuficientes dos ônibus, até a falta de uma área de lazer, os moradores reclamam do pouco investimento feito no bairro pelos últimos governos.

O problema mais comum no Catarcione é a grande quantidade de lixo e entulhos que estão por quase todas as ruas e calçadas. Muitas lixeiras estão velhas, enferrujadas e caídas. Falta espaço para abarcar com a quantidade de lixo despejada pelos moradores. Além disso, restos de móveis, galhos e até um carro podem ser encontrados nas calçadas do bairro. Apesar de os moradores afirmarem que a coleta passa regularmente, as calçadas seguem bloqueadas.

Muitas ruas também estão em péssimo estado de conservação. Com buracos e desníveis, transitar pelas vias estreitas fica bastante complicado. Os motoristas precisam, muitas vezes, dividir as passagens estreitas com grandes fendas. A Rua Manuel Alexandre Moura, que liga o Catarcione a Varginha, não está completamente asfaltada. Quando chove, o alto da rua, que está sem pavimentação, vira lama e deixa toda a via imunda. O caminho também não possui iluminação.

Na Rua Antônio Banjar, os moradores reclamaram da quantidade insuficiente de ônibus, especialmente na parte da tarde. Rosângela Pinheiro, residente do bairro há mais de 30 anos, e Lucy Nascimento Barbosa, moradora há 44 anos, também criticaram a quantidade de buracos nas ruas e a qualidade das calçadas. “São estreitas e têm lixo”, reiterou Rosângela. O serviço de capina também não é feito há algum tempo e o capim cresce livremente até pelo meio das pistas.

Os resquícios da tragédia ainda são visíveis. Apesar de não ter sido fortemente afetado como outras localidades, a Escada Leopoldina Lourdes Mafort, que liga as ruas Romualdo Machado e Jacy Linhares Ramos, continua destruída desde janeiro do ano passado. Parte da Rua Jacy Linhares Ramos caiu durante a madrugada de 11 para 12 de janeiro do ano passado. A via, que possui tráfego intenso, inclusive de veículos pesados, é ainda local de frequentes acidentes, de acordo com moradores e comerciantes da região. A sinalização feita na localidade só foi colocada um ano após a tragédia.

O Catarcione conta com um ponto de apoio para desabrigados e desalojados, na Escola Municipal Antônio Claudir de Lima, mas os moradores reclamam da falta de um posto de saúde. Há um hospital desativado no bairro e um médico que atende à população, mas o serviço é, obviamente, insuficiente para atender às necessidades da comunidade.

Áreas de lazer é outra frequente reivindicação. A Praça Branca está abandonada, com os brinquedos do parquinho inutilizáveis e o campo de futebol na Rua Sebastião Tomé continua sem redes no gol e com gramado crescendo dos lados.

Em relação às reclamações, a Prefeitura foi contatada, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

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TAGS: Catarcione | Lixo
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