Casas às margens do Rio Bengalas começam a ser demolidas

Intervenção contou com a presença do secretário estadual de Meio Ambiente e representantes políticos de Nova Friburgo
sexta-feira, 28 de abril de 2017
por Karine Knust

Esta sexta-feira, 28, foi dia de demolição de imóveis às margens do Rio Bengalas, na altura da Avenida dos Ferroviários. A intervenção, que já estava no cronograma de obras do rio, começou ainda pela manhã e contou com a presença de diversas autoridades. Dentre elas, o deputado e secretário estadual de Meio Ambiente, André Corrêa, o ex-prefeito de Nova Friburgo, Rogério Cabral, e os vereadores Isaque Demani, Vanderleia Pereira Lima, Naim Pedro e Marcio Damazio.

De acordo com a Secretaria estadual de Meio Ambiente, 20 casas devem ser demolidas nesta fase da obra. Em alguns casos, no entanto, falta ainda fechar acordo entre o estado e o proprietário do imóvel. “Os recursos das indenizações já estão garantidos, mas a única coisa que nos impede de dar sequência a obra é o entrave nas negociações. Demos até o fim de maio para que esses proprietários fechem contrato, se não houver acordo faremos uma demanda judicial”, afirmou André.


Operário joga água para evitar que poeira suba no local das demolições (Foto: Henrique Pinheiro)

Esta é a segunda vez, em menos de 15 dias, que o secretário vem a Nova Friburgo para acompanhar as obras do Rio Bengalas. Na semana passada, o parlamentar esteve na cidade acompanhado do prefeito Renato Bravo e outras autoridades municipais. Na ocasião, André afirmou que o trecho onde há demolições receberá calçadas com grama.

“Vamos trabalhar juntos, envolvendo a sociedade para fazer um projeto de arborização bem bacana. Essa é a única obra que hoje anda no estado. Tenho muito orgulho da gente não ter deixado essa obra parar. Vamos continuar trabalhando em Friburgo junto com a Câmara e com a prefeitura para entregar essa obra. Ela está muito perto de chegar ao final”, acrescentou ele, na época.  

Ainda segundo a Secretaria estadual do Meio Ambiente, já foram executadas 92% das obras e agora, além das demolições, está sendo executada a canalização de trecho de mais de três quilômetros do Rio Bengalas. Na semana passada, o governo também informou que a previsão de conclusão da obra do rio é junho deste ano.

Entenda o caso

As obras de canalização do Rio Bengalas foram estimadas em R$ 195 milhões e começaram em março de 2013, pouco mais de dois anos após a tragédia. Se o cronograma inicial tivesse sido seguido, a conclusão das intervenções — de responsabilidade da EIT Engenharia e a Ferreira Guedes, empresas que integram o consórcio Rio Bengalas — teria acontecido em abril do ano passado. O atraso ocorreu, no entanto, de acordo com o Inea, devido à demora no pagamento das indenizações pelo governo do estado às famílias que vivem às margens do rio e precisaram deixar suas casas.

Dentre as obras realizadas estão o aumento da calha do rio, dragagem e desassoreamento para ampliar o escoamento das águas e acabar com as históricas inundações no principal eixo rodoviário de Nova Friburgo. O consórcio ainda construiu grandes muros de concreto para garantir a estabilidade das margens do rio e calçadas adaptadas para portadores de necessidades especiais, além de instalar grades de proteção e gramado em alguns trechos.

Até o último balanço divulgado pelo Inea, desde o início das obras, 463 imóveis foram indenizados a um custo de R$ 31.915 milhões em Nova Friburgo. Destas casas, 111 estão localizadas às margens do Rio Bengalas, no distrito de Conselheiro Paulino, e 352 no bairro Córrego Dantas.

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