Caminhos sem destino

quinta-feira, 30 de julho de 2015
por Jornal A Voz da Serra

O GOVERNO estadual está colocando placas com indicações turísticas em diversos municípios fluminenses buscando informar aos turistas os atrativos existentes em cada cidade. Trata-se de um esforço para movimentar a indústria que mais cresce no mundo e que vem ganhando espaço na vida nacional.

ENTIDADES da gestão turística fluminense e autoridades públicas falam maravilhas do potencial apresentado pelo Estado do Rio em termos de recepção ao turista, das nossas belezas naturais e da infraestrutura de hotelaria e serviços. Para muitos, o Rio é um encanto, porém, para os que vivem da economia do turismo fora da capital, o cenário não é tão maravilhoso assim. 

DOS 92 municípios do Estado do Rio, poucos possuem atrativos e condições que motivem o Ministério do Turismo a injetar recursos para o fomento da atividade. Nem o governo federal, nem o estadual, e, pouquíssimo, os governos municipais despertaram para o filão dessa economia que não polui, gera empregos e aumenta a renda das cidades do interior.

APENAS quatro cidades estão sendo avaliadas como de grande atratividade para o turismo no interior do estado: Búzios, Paraty, Petrópolis e Angra dos Reis. Tais municípios já compreenderam a importância da atividade e investem no setor, recebendo, portanto, o aceno governamental e, obviamente, ganharão mais recursos para o desenvolvimento do turismo. Faltam ainda 87 cidades, fora o Rio, que aguardam a boa vontade das autoridades.

O CASO friburguense é um bom exemplo. Há anos a cidade tateia sobre o turismo, buscando alternativas de crescimento, sonhando com um centro de convenções, folheteria e propaganda, sem, contudo, receber o fluxo de pessoas necessário ao fortalecimento da atividade. Fala-se muito em propostas, mas efetivamente nada aconteceu.

OS POLÍTICOS que estão de olho na sucessão municipal do ano que vem ainda não apresentaram ao eleitorado propostas concretas de desenvolvimento turístico, como política pública de governo, organização e planejamento da atividade em termos profissionais. Trata-se, portanto, de uma área que não vem recebendo o apoio necessário para o seu crescimento. Não são propostas efetivas, são apenas palavras.

O GOVERNO que não pensar no turismo como alavanca para a economia municipal vai perder o bonde da história, cedendo lugar a outras cidades que entenderam a proposta e avançam na formulação de novas práticas. Nova Friburgo, que sonha com os seus 200 anos, a modernidade e o avanço tecnológico, como dizem os pré-candidatos, não pode ficar à margem desse crescimento. O turismo significa emprego, renda e qualidade de vida e quem não se aproveitar disso perde a corrida do desenvolvimento. E do voto.

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