Banheiros químicos em terreno preocupam moradores de São Geraldo

Segundo vizinhos, cabines estariam acumulando água parada há mais de seis meses
terça-feira, 17 de maio de 2016
por Alerrandre Barros
Os banheiros químicos estão depositados em um terreno no São Geraldo
Os banheiros químicos estão depositados em um terreno no São Geraldo

Mais de 15 banheiros químicos estariam abandonados, segundo moradores, em um depósito ao ar livre, há mais de seis meses, no bairro São Geraldo. As cabines da empresa RC Infra Estruturas para eventos e shows foram depositadas em um terreno na Rua Doutor Feliciano Benedito da Costa, próximo ao ponto final do ônibus que liga o Centro ao bairro, e preocupam moradores vizinhos que procuraram a redação de A VOZ DA SERRA. Segundo eles, alguns banheiros estariam quebrados acumulando água e sujeira. Há também barris e galões espalhados pelo terreno.

        “Muitos banheiros estão danificados e com água acumulada nos sanitários. Já foram feitas reclamações tanto na empresa quanto na Vigilância Sanitária, mas o problema persiste. Temos medo de que o fato facilite a proliferação de mosquistos, inclusive o transmissor da dengue, zika, e da febre chikungunya. Além dos riscos de sérias doenças, há a questão da higiene e da poluição visual”, disse um leitor através do WhatsApp de A VOZ DA SERRA (22 99274-8789). Ele pediu para não se identificar.

        Os banheiros químicos são cabines de fibra de vidro ou polietileno e geralmente alugadas para eventos que não contam com instalações sanitárias fixas nem com redes de água e esgoto. O sanitário portátil pode armazenar mais de 200 litros de dejetos, como fezes e urina, em um tanque, onde é colocado, em geral, um sanitarizante à base de amônia com água e um desodorante para reduzir o mau cheiro. São indicadas duas cabines para cada 500 pessoas em uma hora de evento. Isso se o público for metade feminino e metade masculino.

        A empresa RC negou ontem, 17, qualquer irregularidade nos banheiros químicos e no depósito no bairro São Geraldo. Um representante da empresa disse, por telefone, que as cabines não estão abandonadas, e todas as semanas os equipamentos são vistoriados justamente para evitar o acúmulo de água. Ele ainda comentou que possui autorização dos órgãos responsáveis para prestar o serviço de locação das cabines. “Alguém está querendo me prejudicar com essa reclamação”, disse o representante da empresa.

        Em nota, a Prefeitura de Nova Friburgo informou que fará uma vistoria no local. “A denúncia foi anotada pela Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental, setor responsável pelo controle da dengue na cidade. A solicitação será atendida nesta quarta-feira, 18, por uma equipe de agentes de endemias que irão vistoriar e analisar se há riscos de proliferação do mosquito Aedes aegypti no local”, disse a administração municipal.

 

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