Bairro Ypu: obras na Avenida Campesina estão atrasadas

Moradores reclamam da falta de policiamento e do excesso de carros nas ruas do bairro
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
por Alerrandre Barro
Bairro Ypu: obras na Avenida Campesina estão atrasadas
Bairro Ypu: obras na Avenida Campesina estão atrasadas

As obras de contenção de um trecho da Avenida Campesina Friburguense, que desabou em 2007 após a inundação do Rio Santo Antônio, enfim estão sendo realizadas pela Prefeitura. Segundo um mecânico, que pediu para não se identificar, operários estão trabalhando no local há algum tempo. "Na quinta-feira passada, 12, eles estavam aqui. Devem ter parado por causa do carnaval”, disse, enquanto pintava o capô de um carro em uma oficina mecânica, próximo à Paróquia de São Bento Abade, no Bairro Ypu. Nesta quinta-feira, 19, entretanto, não havia operários trabalhando no local.

Além das obras para evitar o desabamento da via, a Prefeitura também está construindo dois banheiros públicos que serão usados pelos comerciantes que trabalham na tradicional feira livre que funciona aos sábados no local. Segundo o novo secretário de Obras, Alexandre Cruz, os trabalhos de contenção da Avenida Campesina, realizado pela Engrest Engenharia, começaram no segundo semestre do ano passado e devem ser concluídos em julho deste ano, de acordo com orientações do programa "Somando Forças”, uma parceria entre a Prefeitura e o governo estadual para financiamento de obras. 

As atividades de construção dos banheiros para os feirantes são realizadas pela Dias e Pereira Construções e a obra deveria ser concluída na próxima segunda-feira, 23, mas o prazo deve ser prorrogado. "Eu vou me reunir até quarta-feira, 25, com o prefeito e as empresas contratadas para saber por que não há operários nas obras”, explicou o secretário, que está há dois meses no cargo.  Os responsáveis pela Engrest e pela Dias e Pereira Construções não foram encontrados para comentar o assunto.  

Os problemas no Bairro Ypu não se resumem às obras às margens do Bengalas. Algumas calçadas estão ocupadas por entulho e precisam de capina. Há buracos em calçadas e em algumas ruas por causa de paralelepípedos soltos. A professora Leila Márcia Vogas mora na região há mais de 30 anos. Ela trabalha no Colégio Estadual Doutor João Bazet e, apesar de considerar o local tranquilo, a professora reclama da falta de policiamento no bairro e também da distância das unidades de saúde. A mais próxima fica no Cordoeira. "Aqui não tem posto para atendimento de emergência. A gente precisa ir ao Hospital Raul Sertã ou à UPA, em Conselheiro Paulino”, conta.

Para o aposentado Fernando Dias, marido de Leila, o problema é o excesso de carros estacionados na Avenida Hamburg. A via de mão dupla é estreita e incomoda ainda mais os moradores porque o trecho é usado para treinamento dos futuros condutores de veículos que farão a prova prática do Detran para tirar a carteira de habilitação. Ontem, 19, a reportagem de A VOZ DA SERRA contou ao menos dez carros estacionados na rua, enquanto oito veículos de autoescolas de Nova Friburgo e de outras cidades circulavam pelo local, durante o treinamento de alunos, que esperavam ao lado da Fábrica Ypu. 

"Eu não sou contra as autoescolas. O problema é a falta de organização. Se a rua fosse mão única, acho que o problema seria resolvido”, propõe o aposentado. A VOZ DA SERRA entrou em contato com o governo municipal para saber o posicionamento sobre as demandas dos moradores, mas até o fechamento desta reportagem a Prefeitura não tinha respondido às solicitações. 

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