Acupuntura e os mecanismos fisiológicos do corpo

Um artigo da acupunturista Gilse Ventura
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
por Gilse Ventura

Uma pergunta que frequentemente me fazem é: Como é possível que essas agulhinhas, tão fininhas, possam resolver o meu problema? E é muito curioso mesmo como algumas poucas agulhas, colocadas em lugares estratégicos que são chamados “ressonadores ou pontos de energia”, podem resolver problemas que vão desde uma “simples” dor de cabeça, depressão e ansiedade até síndromes complexas como a fibromialgia.

Esses pontos são cuidadosamente escolhidos, considerando critérios de angulação, profundidade e direção. Eles têm localização precisa e fazem parte de um meridiano ou canal energético que se estende desde uma extremidade das mãos até a extremidade dos pés. Muitas vezes o paciente estranha que sua dor esteja localizada em uma região e as agulhas são colocadas em outro, distante. E como, afinal, elas funcionam? Alguma coisa pode ser explicada facilmente através do sistema nervoso; outras pesquisas atuais vão conseguindo comprovar. O certo é que quem domina os trajetos intricados desses canais energéticos e entende os mecanismos fisiológicos do corpo, tanto a nível ocidental quanto a nível oriental, obtém resultados muito significativos.

A aplicação da acupuntura é muito extensa e não raro as pessoas se surpreendem com as possibilidades que encontram em meu consultório. Muitas vezes nem mesmo citam determinadas  situações de seu cotidiano, por não imaginarem que podem fazer parte, como geralmente fazem, de um quadro específico, de acordo com a medicina oriental. Dentro dessa abordagem tratamos  de vários desconfortos ao mesmo tempo, com as mesmas agulhas em um mesmo momento. Isso não é lindo? Ao cuidarmos de um aspecto contemplamos muitos outros. E isso surpreende quem me procura. Você tem rinite, por exemplo, e acaba ganhando “de quebra”, um intestino reguladinho...

Na medicina oriental cada caso é um caso; cada paciente é uma nova história que precisa se observada como única, cuidadosamente. É claro que confiança  o terapeuta conquista com histórias. E  para se conseguir boas histórias é preciso estar comprometido e envolvido com cada atendimento. Ao longo desses 23 anos de prática clínica nunca parei de estudar e de me preparar. Acredito que uma existência só não é suficiente para aprender tudo o que o ponto de vista da medicina oriental possibilita.

Tive o mérito de iniciar esses estudos com o monge zen-budista japonês Riotan Tokuda, com quem também aprendi a prática da meditação. Anos mais tarde entrei para a escola Neijing, que aporta uma abordagem tradicional chinesa aos atendimentos. Nessa escola também entendemos a importância da vivência de toda essa filosofia que envolve a medicina chinesa: meditação, estudo dos ideogramas chineses e nomes alquímicos dos pontos, Qi Gong. Todas essas práticas facilitam o entendimento de saúde e de doença pelo viés oriental, direcionando as ações do terapeuta de forma muito mais eficaz.

Gilse Ventura trabalha nessa área há 23 anos. Iniciou sua formação em 1992 com o monge zen budista Riotan Tokuda, com quem também fez treinamento em meditação, prática que mantém até hoje, e, segundo ela, fundamental na área clínica. Gilse deu continuidade a seus estudos na Escola Neijing a partir de 1998, onde permanece até hoje, participando de cursos de aprofundamento. (Contatos para marcação de consulta com horário agendado: (22) 9-9229-1019 (Claro) e 9-9821-4906 (Vivo).

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