Academias a céu aberto reúnem problemas estruturais

Flagramos aparelhos quebrados, enferrujados e sujos. Prefeitura promete reparos e anuncia inauguração de mais duas em breve
segunda-feira, 24 de julho de 2017
por Guilherme Alt
Ferrugem e falta de peças num dos equipamentos (Foto: Henrique Pinheiro)
Ferrugem e falta de peças num dos equipamentos (Foto: Henrique Pinheiro)

Alongar-se, caminhar, correr e fazer exercícios musculares ao ar livre são práticas que a Prefeitura de Nova Friburgo quer incentivar cada vez mais. Atualmente, são três academias a céu aberto na cidade. Em 2013, a Via Expressa, em Olaria, recebeu a primeira; logo depois, foi a vez da pracinha da Chácara do Paraíso; por último, a Praça Lafayette Bravo, no centro do distrito de Conselheiro Paulino.

Muito usados por pessoas idosas, nas primeiras horas da manhã, os aparelhos são uma boa opção para esta parcela da população que pouco se exercita. Outro ponto positivo é que esses equipamentos também contribuem para a socialização da comunidade.

Ao visitar as três academias, a equipe de A VOZ DA SERRA constatou alguns problemas estruturais. Somado ao frio e à falta de uma cobertura, aparelhos quebrados, enferrujados e sujos são fatores que desanimam a prática de exercícios e impedem o uso contínuo para quem quer e precisa realizar atividade física.

Levamos o secretário de Esporte e Lazer e Políticas Públicas para Juventude, Waldemir Caetano Veloso, até a academia de Conselheiro. De acordo com o secretário, o reparo dos aparelhos já está planejado e não só de Conselheiro, mas também das outras duas academias. “Estamos com uma parceria com a Águas de Nova Friburgo e esta semana nós começamos os reparos dos aparelhos da Via Expressa. Após acabar os da Via Expressa, vamos consertar os da Chácara do Paraíso e, por fim, vamos recuperar os aparelhos de Conselheiro”, afirma Waldemir.

“Alguns equipamentos vão ser retirados do local para serem consertados, outros vão receber um reforço na solda. A ideia é renovar todas as academias”, projeta o secretário. Segundo Waldemir, o tempo para conserto varia. Os reparos da academia da Via Expressa, por exemplo, devem durar cerca de duas semanas, segundo o secretário.

Os equipamentos das academias são de fácil manuseio e devem ser usados para exercícios de musculação e alongamento. O sistema se adapta ao usuário, que deve utilizar o peso do próprio corpo, criar resistência e gerar benefício personalizado, independentemente de idade, peso e sexo. No entanto, a utilização dos equipamentos é indicada apenas para maiores de 12 anos.

Além de aumentar os locais de convivência, as academias criam uma rotina de prática de exercícios e estes espaços deixam de ser ociosos, contribuindo para uma vida mais saudável e para a melhoria da qualidade de vida de seus usuários.

Risco para a população

Alguns aparelhos estão em desuso por conta do desgaste. Sujeito às variações climáticas os equipamentos, apresentam ferrugens nas dobradiças, alguns equipamentos sem peça, como parafusos, e outros quebrados. Apesar de há muito tempo os equipamentos estarem em condições ruins, não vimos placas ou algo que indicasse à população para tomar cuidado e não utilizar esses aparelhos.

Ao lado da academia de Conselheiro existe um parquinho com balanços e gangorras e outros brinquedos utilizados por crianças. Nossa equipe flagrou um parafuso que estava enferrujado, solto, embaixo de um equipamento de ginástica. Materiais como esses, pequenos e de fácil manuseio, podem ser perigosos nas mãos de alguém com pouca idade. Além da possibilidade de engolir, a criança pode se cortar com um objeto enferrujado e acarretar um problema ainda mais grave. Os próprios adultos correm risco, caso estejam manuseando o equipamento e pela falta de aviso de que o aparelho encontra-se com defeito, podem acabar se ferindo.

“Enquanto não realizarmos os reparos, vamos colocar um aviso para que as pessoas tenham cuidado. Também teremos placas indicando a faixa etária adequada para realizar o exercício em determinados equipamentos”, afirma.

Além do desgaste natural outro problema é mau uso dos aparelhos e também atos de vandalismo. “Algumas pessoas não têm o devido cuidado com o aparelho e sem saber como usar acabam danificando o equipamento. Nós temos a preocupação de realizar essa manutenção. Gostaríamos de colocar uma cobertura para que as pessoas possam malhar sem se preocupar com o clima. No momento não é possível realizar essa obra, mas é uma ideia que nós queremos realizar mais pra frente”, afirmou.

Cônego e Catarcione

Ainda nesse mês mais duas academias a céu aberto devem ser inauguradas: uma no Cônego e a outra no Catarcione. É o que projeta o secretário Waldemir Caetano. “Fechamos uma parceria com a Unimed e já estamos com os equipamentos prontos para serem instalados. Só falta uma parte burocrática de documentação para finalizarmos esse processo. Os equipamentos que nós compramos vem de Chapecó-SC. O pessoal da fábrica me garantiu que a entrega será ainda em julho. Entregando os equipamentos, depois é só realizar a instalação nos bairros”, revela.

Parceria com Estácio de Sá

A Universidade Estácio de Sá, em parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer e Políticas Públicas para Juventude, vai disponibilizar estudantes do curso de Educação Física para orientar os usuários das academias a céu aberto.

“Nós temos algumas parcerias com a prefeitura e todas elas contam como atividades extracurriculares. Os alunos do curso de Educação Física vão poder colocar o aprendizado em prática e ao mesmo tempo auxiliar a população nas academias a céu aberto.”, explicou Oton Lima, coordenador do curso de Educação Física da Estácio de Sá.

A Estácio também pretende realizar outro projeto com a secretaria. “Estamos com uma ideia de um projeto de extensão com alunos da universidade, voltado para as pessoas da terceira idade. Não temos nada concreto ainda, é algo que está sendo discutido, pensado e em formação.”, revela Oton.

 

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TAGS: saúde | bem-estar
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