EDITORIAL - Solução pela metade

quarta-feira, 23 de julho de 2014
por Jornal A Voz da Serra

AINDA NÃO saiu do papel a boa notícia da implantação dos cartões eletrônicos nos ônibus e da digitalização da impressão, permitindo aos usuários, desde que devidamente cadastrados, ganharem uma hora antes de utilizar um novo coletivo pagando apenas um valor de passagem. Com isto, a rodoviária de integração, na Praça Getúlio Vargas, deixaria de concentrar passageiros do sistema de integração,  passando os usuários a utilizar também os pontos de ônibus no Centro.

PORÉM, atualmente já não cabem todos os usuários nos modestos abrigos construídos na cidade no governo do ex-prefeito Paulo Azevedo há quase 20 anos — e que ao longo do tempo só fizeram se deteriorar. Com a mudança e o aumento natural de novos circulantes e passageiros, o problema será maior ainda. Com sol ou com chuva.

TRABALHADORES, estudantes, donas de casa, idosos, enfim, todos dependem do transporte coletivo e o seu aparato. Os abrigos, assim como as calçadas em seu entorno, fazem parte do conforto do sistema de transporte público e da preocupação com a chamada mobilidade urbana. O usuário não pode ficar na chuva quanto a esta questão.

A EXPANSÃO urbana, com a busca de moradias em bairros mais afastados do centro da cidade, aliada ao crescente número de usuários estudantes e trabalhadores, reflete na procura pelo serviço de transporte, o que origina um acúmulo de passageiros em busca da condução, principalmente nos finais do expediente. Tal crescimento exige uma permanente atenção com a qualidade e o conforto nos trajetos.

ALÉM DO natural desconforto pela demora, em alguns abrigos a iluminação — ou a falta dela — é outro fator que provoca as maiores críticas. À noite, sem luz, alguns pontos ficam às escuras, pondo em risco a integridade física dos usuários, principalmente nos pontos mais afastados do Centro, como os das avenidas que margeiam o Rio Bengalas.

MEDIDAS de proteção e segurança devem ser adotadas pelo poder público, dentro de suas metas de reconstruir a cidade para os seus moradores. A melhoria dos abrigos, oferecendo mais conforto e proteção, é uma atitude que não custa muito aos cofres da municipalidade e possibilita um retorno do investimento à população que paga um valor expressivo pela passagem de ônibus, além dos tributos. Por que, então, não fazer?


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