Um clamor para ir à frente

"Nós queremos respeito
e comprometimento
Isso aqui não é Vasco
Isso aqui é FLAMENGO!"

Amigos, começo esta primeira coluna um dos cantos mais famosos do Rubro-Negro nos últimos tempos. A provocação ao maior rival é sempre válida, mas chamo atenção para os dois primeiros versos desta rima. Duas requisições que se encaixam bem no atual momento do Mais Querido do Brasil.

Estamos em maio. Até agora, sucesso apenas no Torneio Super Series - aquele que foi disputado em Manaus em janeiro em que o Fla venceu Vasco e São Paulo. Após o resultado, a esperança surgiu na nação em meio a contratação de Marcelo Cirino e as manutenções de Everton e Paulo Victor, por exemplo. Mas um campeonato carioca frustrante, com um vice inaceitável da Taça Guanabara na última rodada e uma eliminação na fase seguinte colocaram sob dúvida o trabalho de Vanderlei Luxemburgo.

No Brasileiro, até agora, dois jogos e nenhuma vitória. Time sem inspiração e se apoiando (pela enésima vez) na força da torcida. Vimos isso no jogo contra o Sport, no último domingo. Se não fosse a contusão marota do goleiro adversário, certamente o tema desta coluna seria o início desesperador da equipe carioca. Quem viu os dois jogos garante: o time é frágil e precisa de reforços.

E aí que eu chego no ponto central desta abordagem. Respeito e comprometimento. Dos jogadores? Sim, mas também da diretoria. Nos últimos dias, vimos uma enxurrada de notícias informando a contratação e Robinho, Guerrero e afins. No entanto, a única novidade é o menino Wesley, vindo do Botafogo-SP. Com todo o respeito, não é o que a Nação espera.

Torna-se mais do que compreensível a política de austeridade adotada pelo presidente Eduardo Bandeira de Melo. Mas é preciso reforçar o elenco. Não dá pra esperar de Arthur Maia ou Lucas Mugni a criatividade que o meio campo precisa, ou torcer pelos gols que Marcelo Cirino não faz como centroavante. O respeito aos torcedores tem que aparecer nessa hora, com responsabilidade sim, mas com comprometimento em levar o Mengão rumo aos primeiros lugares.

Domingo é dia de jogo contra o Avaí. Quero só ver se a maré vai estar para peixe ou se algo semelhante as ondas gigantes do paraíso homônimo do adversário do Mais Querido vão causar mais uma semana turbulenta na Gávea.

Vai prá cima deles Mengo!  Semana que vem eu volto...