O efeito Botafogo!

sábado, 12 de agosto de 2017

Amigos, o dia 21 de dezembro de 2016 ficou marcado como a data em que muita gente decretou o fracasso do Botafogo ainda nas fases iniciais da Taça Libertadores, que teria novo formato em 2017. O sorteio foi cruel com o Alvinegro. Com duas etapas a vencer, o time da Estrela Solitária, fatalmente, ficaria pelo caminho. Só que, jogo a jogo, a equipe que, talvez, era a mais desacreditada, surpreende. E faz história.

Enfrentar o Colo-Colo com o segundo jogo fora de casa era uma missão ingrata. Só que o gol de Pimpão classificou os Alvinegros. Na fase seguinte, era óbvio, o Botafogo cairia para o Olímpia. Uma vitória para cada lado e os paraguaios pararam no conterrâneo Gatito Fernandez, nos pênaltis. Outra vitória, outra página escrita nesse bonito capítulo da equipe de General Severiano na principal competição das Américas.

O brasileiro tem muita soberba quando se fala de futebol. Eram oito times na fase de grupos e a certeza de que quase todos poderiam passar. Digo quase, porque a certeza era a de que o Botafogo ficaria. No grupo da morte, com os campeões Atletico Nacional e Estudiantes, uma classificação para a Sul Americana era mais que louvável. Não para os botafoguenses. Logo na primeira partida, uma vitória convincente sobre os argentinos. Jogando na Colômbia, o Atletico Nacional foi surpreendido por um time que disputa cada dividida como se não houvesse amanhã. No fim da primeira fase, a liderança do grupo em que os favoritos ficaram, mais uma vez, pelo caminho.

"Ah, mas agora o Botafogo cai. O adversário é o Nacional!"

Quem disse que caiu?

A vitória no Uruguai foi importante, mas a consolidação da classificação, jogando em casa, foi emblemática! O Nacional parecia assustado tamanha a festa da torcida e da vontade dos mandantes. Cinco minutos foram suficientes para definir um resultado que, antes, era improvável. É vibrante, contagiante, emocionante. Todos os "antes" servem para classificar a forma com a qual o time encara cada jogo da Liberta. 

No futebol não há lógica, não é uma ciência exata. Para ganhar uma Libertadores não precisa de violência, mas de vontade. Dinheiro é importante, mas não é fundamental. Não precisa jogar bonito, mas ser eficiente. E, mais do que tudo, tem que querer! Desse jeito, despacito, despacito, enquanto favoritos caíram tropeçando nas próprias pernas, o Botafogo já deixou pelo caminho treze títulos da competição. 

Eu não duvido mais do Botafogo. Acho que você também não deve duvidar mais!

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