Falta ser Flamengo!

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Amigos, a pergunta desta semana é: o que faltou ao Flamengo para ser campeão da Copa do Brasil? Mais uma vez, o time Rubro Negro bate na trave, chega perto, mas fica pelo caminho e não consegue a conquista. Não apenas o título, mas a chance de se garantir na Libertadores do ano que vem agora ficou mais difícil. A derrota é só mais uma, em um ano recheado de fracassos na Gávea.

Parte da torcida aponta Alex Muralha como o responsável. Se há duas semanas o goleiro era incentivado, agora não há mais justificativas que façam o torcedor fazer alguma referência ao arqueiro que não seja pejorativa. Que me perdoem os defensores, mas não dá para não ressaltar a falta de qualidade de um goleiro que pula cinco vezes para o mesmo canto e diz que é estratégia. Um goleiro que em 25 pênaltis sofreu 23 gols, pegou um e teve uma bola na trave. Não adianta dizer que a pressão interferiu, pois o jogo foi fora de casa, e o pênalti é o momento mais desejado pelo goleiro, a chance que ele tem de se consagrar. Muralha teve todas as chances do mundo. Não deu certo.

Mas quem diz que parte da culpa é de Diego não está errado. Esse é o terceiro jogo em que ele não é decisivo. Perdeu pênalti contra o Palmeiras e um gol, cara a cara, contra o Corinthians, no momento em que o jogo estava 1 x 1. Nesta quarta, perdeu a cobrança. Ouvia-se muito que a individualidade poderia fazer a diferença na final. Pois é, quando ela não aparece, o Flamengo vira um time comum. Diego não apareceu, e a partida foi para a cobrança das penalidades.

E se o culpado for Reinaldo Rueda? Não é absurdo dizer que o treinador errou. Não ao escalar, mas em demorar a mexer e buscar alternativas para o time. Berrío, seu jogador de confiança, não rendeu desde o início e só saiu de campo na etapa final do jogo. O Flamengo, hoje, é consistente defensivamente, mas não flui quando chega ao ataque. Não adianta ter posse de bola sem ser agudo, sem agredir o adversário.

Acredito que faltou vontade de vencer ao time da Gávea. É diferente, o torcedor entende que falta o algo a mais. O time que se tornou finalista era o Flamengo mais São Paulo, mais Cruzeiro de todos os tempos. Falta ser Flamengo de verdade, não no sentido daquele famoso áudio, em que o autor diz que é preciso atrasar salários e trazer atletas conhecidos pela (má) conduta fora das quatros linhas para as coisas fluírem, mas é nítido que é preciso ter atitude, gana, tesão em querer vencer. 

Não que a política de austeridade seja ruim, e que colocar as contas em dia seja errado. No entanto, tudo isso será esquecido se as campanhas de fracasso permanecerem. Um time de futebol vive de torcedores, e torcedores se formam e se mantém com títulos.

Na semana que vem a gente volta!

 

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