Bobeou, dançou!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Amigos, confesso que para escrever esta coluna estou tipo aquele namorado da jovem debutante que precisa dançar a valsa na festa dos 15 anos, sabem? O garoto que nunca dançou na vida e se sente frustrado com a (grande)possibilidade de pisar nos delicados pés daquela que é o grande amor. É mais ou menos a minha sensação em falar deste time que, neste domingo, não "jogou por música". Pelo contrário, desafinou.

O grande atrativo era a estreia do novo lateral esquerdo Rubro-Negro. No entanto, quem esperava pelo "Armeration", viu o Avaí fazer o adversário dançar Hula-hula na Ressacada. Não houve domínio em momento algum do jogo. Desde o início, o descompasso do time da Gávea era evidente. O time, do jeito que erravam os passes, eram como uma bateria que atravessa o samba na Marquês de Sapucaí. Faltava a criatividade que tem um bom compositor, e a manemolência nos pés que tem um sambista calejado. Mas, o que se viu, foi um time cujas notas em harmonia e conjunto nem de longe chegariam até as notas máximas.

Nem precisava ser um show de Heavy Metal para a turma bater cabeça. E foi assim que saiu o primeiro gol, com Hugo (aquele mesmo que já foi do Americano, Bangu, Volta Redonda e que volta e meia tá de cabelo moicano loiro de gosto duvidoso). Chamou atenção a indecisão da defesa do time da Gávea. Talvez Bressan tenha feito falta, ou Samir seja a melhor opção no lugar de Marcelo. No meio campo, a orquestra Rubro-Negra segue carente de um maestro.

Nem mesmo a animação pelo gol de Gabriel foi suficiente para evitar o "bis" da derrota. E ela veio em um erro de arbitragem (ah Felipe goleiro, se roubado é mais gostoso, essa virou a piada pronta contra a Nação). Eu me pergunto: em que estava pensando o auxiliar número dois, cujo nome prefiro não citar aqui, que não viu a bola completamente fora do campo no lance que originou o segundo gol do time mandante? Talvez, nos hits sertanejos de Marlon e Maicon, filhos da bela Santa Catarina? Acho que não! Mas certamente não era no jogo, pois até o excêntrico Psy, no auge da loucura de Gangnam Style daria tiro de meta naquele lance.

O jogo terminou em terras catarinenses de forma negativa para os cariocas. E nesse "passinho" Rubro-Negro no início do Brasileirão, o time já está na zona de rebaixamento após a derrota na Ressacada. Perdoem-me por mais este trocadilho, mas "Ressacada" me parece um termo bem adequado para qualificar o futebol do Flamengo desde a reta final do Estadual. Vamos Mengão. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!

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