Tudo o que queremos é o amor

sábado, 30 de maio de 2015

Amor. Tudo o que queremos e procuramos é o amor. Ser visitado pelo amor é perder o medo de morrer e ter, a partir dele, prazer em viver. Tem medo de morrer, afinal, aquele que viveu mal. Para viver bem, só de amor se pode, só se pode por amor.

Deseja ser invadido, pois amor que não invade perde o sentido de ser amor. Amor é essa força que entra sem bater na porta, se achega e se deixado — aconchega no peito, na mente, em todo o corpo e na alma. Daí se esparrama por todos os cantos e toma conta dos espaços. Porque amor contagia e transforma não só quem ama, mas tudo o que quem ama toca. Amor é convicção. Certeza teimosa que nos permite tudo, até devolver em amor o que se ganha, o que se perde, o que se sonha, sem preocupação em se realizar o próprio sonho. O amor ainda que tenha direito ao ciúme, é altruísta.

Amar é ser visitado pela tal fraqueza que te faz forte e também mais feliz. Você percebe, então, que acaba de nascer. Porque nascer é na verdade ter consciência de que está vivo. Enquanto vivo, descobre. Descoberta é o que nos move de certa forma. Descobrir-se é o entendimento da compreensão. Amar é assim novidade contínua do mundo, de si mesmo e de nós no mundo.

Amor que não se mede é o amor que se revela em declarações diárias ou de muitas vezes no mesmo dia e até no mesmo instante. Declarações em palavras e atitudes. Declarações silenciosas também daquelas em que apenas os olhos falam com aquele tal brilho que traz o sol para a Terra. A linguagem do olhar é sempre poesia. A capacidade de ler olhares só é dada há quem está aberto a amar, há quem está sendo ou pedindo para ser visitado pelo amor.  

Amor. Tudo o que queremos é o amor e a soma e divisão que traz. Amor supremo que nada teme, nem a si mesmo com todas as besteiras que a gente faz. Tipo, deixar os jogos de lado e fazer o que tem desejo em fazer. Faz! Onde tem amor não há medo. Amor maduro. Amor que é querer bem. Não o amor da convivência longa. Mas amor que nasce desde o primeiro minuto.

Assim, amor é permissão tanto quanto compreensão do que se sente — admite. O encanto visita e no encantamento se mergulha. Na limitação de ser e se dar torna-se infinito. E, no infinito todas as possibilidades se abrem, pois o amor torna tudo ilimitado.

Amor. Tudo o que sonhamos. Tudo o que queremos é amar. Esse laço que nos conecta, esse ato que nos permite. Essa verdade que nos realiza.

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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

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