Tempos de generalização

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O dia

Em 8 de dezembro de 1980, o ex-Beatle John Lennon foi assassinado a tiros por um fã em frente ao edifício onde morava. Também em um 8 de dezembro, do ano de 1994, a música perdia o maestro e compositor Tom Jobim, um dos criadores da bossa nova. Ele morreu aos 67 anos.

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Palavreando

De repente são maravilhosas as reticências que se colocam no fim de minhas frases feitas. Propositadamente curtas. Pois devem ser curtas as frases para que sejam frases feitas.

Tempos de generalização

São tempos de generalização. Tudo se generaliza. A política. As profissões. Os comportamentos. Os fatos. As banalidades. O absurdo. A era é de generalizar. E se vê com naturalidade aquilo que deveria parecer estranho.

Já quis crer que a generalização é um resultado da preguiça. Sou, por vezes, levado a acreditar que a generalização pode ser produto da indiferença. Se somar os dois então, imagina: preguiça e indiferença? Juntas - o caos. Mas até o ódio se generaliza. Tanto quanto o amor, ainda que amor não combine em nada com generalização. Amor pede sentimento muito exclusivo. Mas em dias de redes sociais, não é complicado generalizar o afeto.

A superficialidade só leva a um resultado: ignorância. E, ignorância é o fogo que acende o pavio da intolerância. Nasce o preconceito.

"Todos os políticos são ladrões". "Todo Testemunha de Jeová é chato". "Todo dançarino é homossexual". "Toda mulher que usa roupas curtas é vadia". “Todo médico é mercenário". Quem nunca ouviu uma dessas? Carregadas de preconceito. Rasas. Aliás, o preconceito nada mais é que uma alegoria da generalização.

Nem todo homossexual é divertido, como nem todo pastor é correto. Cada um tem a sua singularidade. Profissão, sexo ou escolha de gênero, cor de pele, religião não define ninguém. O que define as pessoas são as suas particularidades e sua forma muito particular de lidar com suas condições e situações.

Ora, se nem mesmo o grão do milho de uma mesma espiga é igual, como generalizar o milharal inteiro? Estamos “des-institucionalizando” as nossas instituições no compasso que generalizar está se instituindo de maneira ligeira e voraz. Mata-se a história e não se aprende com ela. E quando coloco nós, é como sociedade e não na generalização. Há muitos indivíduos não só preocupados, mas combatendo essa toada desagregadora que tem orgulho de dizer que representa apenas a si mesmo. Representa a sociedade, tolo! É o seu passo lá colocado no caminho de todos!

Mas se a moda é generalizar que generalizemos o respeito e o direito à felicidade. Sem generalizar a felicidade em si, porque o jeito de ser feliz, cada um escolhe o seu. Que generalizemos a solidariedade, o bem, a esperança, a profundidade das coisas e o próprio combate a generalização.

Veja que até eu, numa crítica a generalização, caio no vicio ao dizer que tudo se generaliza. Pode ser pelo desejo de querer fugir do mundo, mas acabar no fato de que sou parte dele. É! Até o cronista que denuncia é sugado por esses tempos. Mas ciente da tentativa de escapar, busco recuperar meu lado poeta movido pelo espanto, tendo o bom absurdo das cores como substância essencial. Afinal, o poeta só existe no absurdo perante a percepção do espanto. Se deixe espantar e se contagiar. Não se contaminar com a generalização desses tempos.

Sistema Nacional de Trânsito (1)

Seis municípios da região estão entre os 26 do estado que ainda não estão integrados ao Sistema Nacional de Trânsito. Carmo, Duas Barras, São Sebastião do Alto, Sumidouro, Trajano de Moraes e Macuco estão sendo convocados pelo Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), para entenderem a importância e benefícios que tal integração pode proporcionar.

Sistema Nacional de Trânsito (2)

O Sistema é o conjunto de órgãos e entidades de trânsito que se integram com a finalidade de exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem dos condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidade.

Suplementos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deverá liberar a venda de suplementos para nutrição cosmética e esportiva para serem comercializados como alimentos no ano que vem. Pela lei atual, considerada restritiva pela própria agência, produtos como cápsulas com substâncias concentradas são enquadrados como remédios e têm que enfrentar um processo longo para serem vendidos no Brasil.