O capita dos capitães

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Hoje é dia
do trabalhador da construção civil

O dia
Em 26 de outubro de 2002, tropas especiais russas invadiram o Teatro Dubrovka, em Moscou, onde separatistas chechenos mantinham mais de 800 reféns. Durante a operação, em que os russos usaram gases narcóticos, morreram todos os sequestradores e 128 reféns.

Observando...
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Palavreando
Quero ser o prolongamento desses intervalos em que não há preocupação para saber onde está e o que está fazendo.

O capita dos capitães
Carlos Alberto Torres é um raro. Uma joia que reinventou a lateral direita, ainda que liderasse a defesa também como zagueiro. Um treinador que trouxe independência a comissão técnica. Um comentarista de opinião firme e inabalável sem ser teimoso. Um dirigente que lutou pela ética e talvez não tenha visto esse compromisso assumir o esporte no país. Um capitão de fato e o único que para sempre terá erguido a Jules Rimet como sendo definitivamente do seu país.
Aliás, Carlos Alberto Torres foi o último a erguer a taça que por ter sido conquistada três vezes pelo mesmo país ficou em domínio brasileiro. Eternizou um gesto, tem imitada até hoje a imagem. Há excelentes capitães por aí, mas nenhum superará o capitão Carlos Alberto Torres.
Há certos personagens que se tornam símbolo e muitas das vezes são alçados ao hall dos mitos. Carlos Alberto Torres é um desses que reinventam aquilo que parece que não pode ser reinventado. Sua personalidade, que podia até ser combatida, era respeitada. E não é qualquer um que consegue adquirir respeito. Respeito vem no exemplo. O capita era um exemplo. Nunca desmereceu o título de ídolo.
Natural a comoção do mundo esportivo e as homenagens de quem ama futebol. Carlos Alberto Torres é propriedade do futebol ao ponto que pode se apropriar do futebol como sendo dele. Com o futebol todas as suas paixões! A imagem não cessará, mesmo com sua permanente ausência física. Como todo adeus é obrigado, resta o muito obrigado ao capita dos capitães!   

Friburguense (1)
Preocupado com o calendário de 2017, que ainda não foi divulgado, mas já é especulado, o Friburguense pode mudar de ideia. Caso seja confirmado campeão da Copa Rio é possível que opte pela Copa do Brasil, ao invés da Série D. A preocupação é a coincidência de datas com a competição nacional se chocando com a segundona do Estadual.

Friburguense (2)
Explica-se: a prioridade das prioridades é voltar a elite do Estadual. Especula-se que a Série D, diferente dos anos anteriores, seja disputada a partir de maio. O Estadual da segundona deve começar em fevereiro com término em agosto. Montar dois times para ser competitivo em ambos é uma realidade distante. Por isso, a opção pela Copa do Brasil pode ser melhor, ainda que mais conservadora.   

Friburguense (3)
A Federação de Futebol do Rio tem somente essa semana para enviar para a CBF os seus representantes nas competições nacionais. No entanto, esbarra no recurso da Portuguesa no Tribunal de Justiça Desportiva, quanto a uma possível escalação irregular do Friburguense, o que roubaria o título de Nova Friburgo. O problema é que mesmo com a decisão do TJD, o perdedor fatalmente irá recorrer a instâncias superiores. Portanto, o ano pode terminar e o julgamento da ação, não. A Federação pode optar por indicar os nomes, independentemente da decisão judicial. Mais imbróglios por aí...

O tamanho da crise
O rombo do estado do Rio de Janeiro é de R$ 15,31 bilhões. Essa é a estimativa da dívida que ficou de 2016 para 2017. Pode ainda ser maior, se acrescentados pagamentos que não foram efetuados. Para amenizar o problema o estado quer, entre outras medidas, aumentar a alíquota previdenciária, de 11% para 14%. Também se pretende reduzir em até 30% o salário dos servidores. O estado quer ainda aumentar o ICMS de alimentos, bebidas, fumo e energia elétrica. As isenções fiscais também podem ser suspensas por dois anos. A conferir.

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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

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