E quando alguém de direitos humanos é morto...

sexta-feira, 16 de março de 2018

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Em 16 de março de 1964, o Comando Geral dos Trabalhadores ameaçou reagir se o Congresso Nacional aprovasse o pedido de reformas encaminhado pelo presidente João Goulart.

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Palavreando

A prudência pode me fazer mais contido, porém não esconde o encantamento que faz tudo aqui dentro estar mais florido.

E quando alguém de direitos humanos é morto...

O assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco, na noite da última quarta-feira, 14, no centro da capital, comove o Brasil e o mundo. Como toda comoção, provoca as mais distintas reações, especialmente, em tempos de extremismos, quando a morte parece apenas um detalhe. Se fala da vida como se fosse qualquer banalidade, dessas que vomitamos sem ter qualquer conhecimento.

Tão ou mais estarrecedor quanto o crime em si são os comentários nas redes sociais em volta do debate sobre direitos humanos. Isso não é o Big Brother ou uma pegadinha do programa Silvio Santos. Quer falar? No mínimo pesquise. Quer emitir opinião? Tenha segurança de que sustenta seus argumentos em um debate frente a frente, olho no olho. Reflita: quem procura justificativa para um assassinato perdeu a sua humanidade. 

Marielle defendia sim os direitos humanos. Marielle defendia sim a igualdade. Defendia sim a justiça igual para todos. Defendia, acima de tudo, a vida, como fazem todos que militam nessa marcha pelos direitos humanos. Portanto, bandido bom não é bandido morto. Não se trata assim de comunismo ou socialismo ou qualquer corrente política. Trata-se de um modo de viver e ver a vida, seja pelas experiências de favelada ou de mulher negra, seja pela vivência que for.

Ladrão de galinha não é igual ladrão de colarinho branco. Usuário de droga não é igual chefe de milícia. Terrorista da democracia não é crime na letra fria da lei, mas é um perigo tão forte quanto o discurso de ódio que também aperta gatilhos que matam. O crime contra Marielle não foi mais um assalto que acabou em tragédia. Tem todos os traços de ter sido premeditado, planejado e encomendado. Resta saber: por quem e por que?

As milícias são o terrorismo brasileiro! Não se trata, portanto, de ter sido morto por quem se protegia. Se trata de ser assassinado por quem se combatia! Assim, quando alguém de direitos humanos se vai, maior fica o espírito e mais fortalecido fica o sonho de que a igualdade possa existir. O luto já é luta!

Sua voz nos canta, sua convocação nos guia, sua sensibilidade nos ilumina, o silêncio da dor grita: Marielle - presente! A pouca convivência pessoal que tive com ela - sempre muito carinhosa - me ensinou muito, tanto quanto a observação de sua coragem das lutas as quais se mantinha. E se mantém. Não se enganem: o sonho dela vive mais do que nunca. Na extensão de nossas utopias, o horizonte continua longe, mas mais perto do que ontem.

Indústria cresce

Pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que o estado do Rio mantém a trajetória ascendente da indústria, iniciada em maio de 2016, obtendo crescimento de 4,2%. No comparativo com o mesmo período do ano anterior, os principais impactos positivos vieram da indústria de transformação com índice de crescimento de 9,4%. Neste setor, Nova Friburgo tem se destacado na geração de empregos, com 593 empregos criados em 2017.

Cursos de enfermagem

O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) fechou Termo de Cooperação Técnica para atuar em conjunto com a Secretaria estadual de Educação para a melhoria dos cursos técnicos de enfermagem oferecidos nas redes privadas. A parceria prevê, ainda, a participação do Coren-RJ junto à Secretaria de Educação, a autorização e fiscalização desses cursos, apurando qualquer possível irregularidade de maneira mais transparente e melhorando a governança.

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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.