Folhetim

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Para pensar:

“Meu amor, qual a melhor forma de botar a mão numa grana preta, nesse país? Política, meu bem.”

Carminha, de Avenida Brasil

Para refletir:

“O tempo ruge e a Sapucaí é grande.”

Giovanni Improtta, de Senhora do Destino

Folhetim

No capítulo anterior de nossa novela vimos que um olhar atento sobre o novo Regimento Interno da Câmara Municipal renovou as esperanças no Palácio Barão de Nova Friburgo de que o suplente promovido a vereador Chico de Barros ainda possa renunciar ao seu mandato em favor de Marcelo Verly, pretendido líder de governo, tão logo seja iniciado o calendário legislativo.

Nó narrativo

Enquanto a pressão sobre o político veterano se intensifica, inclusive com a sugestão de que sua recusa a renunciar implicaria no retorno do titular da cadeira (e sua consequente exclusão do cenário político), Chico dá a entender que o grande nó górdio que tem causado enorme embaraço ao governo neste início de ano reside numa palavrinha mágica que aparentemente não teria ficado clara o bastante durante a costura do acordo.

Renúncia.

Condições

Ao que parece, nosso protagonista está realmente triste, pois teria concordado em ceder a vaga no plenário, mas não em condições nas quais tivesse de renunciar ao mandato.

Faz sentido.

E, como já vimos aqui mesmo em episódios anteriores, o único cenário no qual a renúncia não seria necessária consiste na nomeação de Chico para cargo de secretário ou equivalente.

Próximos capítulos

Não perca, portanto, em nossos próximos episódios a resposta para este dilema mexicano: teremos um novo secretário emigrado do Legislativo, com todas as implicações envolvidas, ou a pressão será suficiente para provocar uma carta de renúncia?

Improviso

Cá entre nós, o papel de cada um nesta peça poderia ter sido melhor ensaiado, não é verdade?

Se, daqui de fora, a gente vem cantando essa pedra há tanto tempo, é difícil acreditar que tal falha de comunicação possa ter acontecido lá dentro, no olho do furacão.

Fala, mestre!

Dando continuidade às nossas reflexões de ano eleitoral, o Massimo abre espaço para reproduzir uma importante consideração feita pelo grande jornalista Jânio de Freitas, em sua coluna de 14 de janeiro na Folha de São Paulo, intitulada “Emendas parlamentares são espécie de 'fraude oficial' na Justiça Eleitoral”.

Aspas

“O mecanismo é simples. A quota financeira liberada para um deputado pelo Tesouro Nacional, seguindo indicação de nome e montante pela Presidência, corresponde a uma proposta do parlamentar incluída no Orçamento da União, a chamada emenda. No Estado e no município recebedores, a liberação é festejada como vitória do deputado. Passa a ser a bandeira, ou uma delas, na propaganda do parlamentar. Em ano eleitoral, esse mecanismo é um trunfo, com frequência decisivo, do parlamentar contra os concorrentes não agraciados pelo governo. Sobretudo contra os novos. E, portanto, contra a renovação do Congresso.”

Tempo certo

A esta ponderação, o Massimo toma a liberdade de acrescentar outra, que supõe complementar.

O voto nunca deve ser dado em retribuição a algo já feito no exercício de mandato, justamente porque o mandato só foi possível graças ao apoio dado em eleição anterior. Seguir este caminho seria dar dois votos pela mesma obra, assumindo uma “dívida” para com o candidato que não tem razão para existir. Voto é de confiança, não de gratidão; remete ao futuro, e não ao passado; ao que se pretende fazer, e não o que já se fez. Na relação entre eleito e eleitor, a única dívida existente diz respeito às promessas de campanha ainda não cumpridas.

Arte premiada

No último domingo, 14, o tatuador friburguense Diego Belmiro conquistou o 2º lugar na categoria Old School do evento Tattoo Week Rio, uma das maiores convenções de tatuagem da América Latina.

Diego levou cerca de 16 horas para finalizar a tatuagem premiada (foto), desde os rabiscos iniciais até a pintura.

Esta foi a sexta premiação de Diego, que entre os dias 19 e 21 deste mês volta a competir na Rio das Ostras Tattoo Fest.

Pergunta

Após alguns dias com fotos ilustrativas, a coluna retoma nosso bom e velho desafio, novamente patrocinado pelo talento generoso de Regina Lo Bianco.

E então, os amigos conseguem identificar qual é o tradicional imóvel retratado?

Boa sorte a todos!

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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