As três marcas de um bom profissional

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Vivendo na sociedade do conhecimento, o profissional precisa conhecer muito bem o que ele irá fazer, portanto o período de preparação deve ser vivido com toda a atenção para não se perderem oportunidades de maior aprimoramento.

Ouvindo uma palestra, chamou-me a atenção um outro significado dado a um pensamento de William Shakespeare. O autor inglês dizia que “quando o mar está calmo, todo barco navega bem”. Causou-me surpresa e espanto, exatamente, a paráfrase: “quando o mar está calmo, qualquer imbecil se estabelece”.

Ocorre que vivemos tempos em que o mar não está calmo. Outros ainda dizem que “quando o mar está calmo, é sinal de tsunami”. Estar preparado para esses momentos incertos é a marca mais forte que um profissional precisa ter.

No entanto, somente conhecer, não é o suficiente. Necessitamos de pessoas empreendedoras que coloquem o conhecimento na prancheta dos projetos e os transformem em ação. Convivemos com muitos profissionais inteligentes, bem formados, cujos diplomas fazem inveja a qualquer diretor de recursos humanos. No momento de buscar a prática que está além do “paper” das universidades, nos deparamos com alguém sem experiência e sem vontade de empreender. Nesse momento, o profissional permanece na ala dos desempregados, apesar de todo o conhecimento acumulado.

Se alguém conseguir reunir essas duas características, já se trata de uma pessoa invejada pelo mercado. Não é aquela mais completa, porém, já está próxima do ideal.

O que fecha este triângulo na formação do profissional ideal é a sua capacidade de conexão. Não se trata, apenas, de ser capaz de transformar informação em conhecimento, de ser empreendedor e criar projetos de interesse dos mercados e da necessidade humana, é necessário estabelecer conexões com pessoas, sociedades, empresas, laboratórios, analistas e consumidores de toda a espécie, sabendo onde buscar soluções para os problemas, caso contrário estará fechado em seu mundo.

Há vinte anos, os professores de economia que seguiam a orientação de Samuelson, autor de livros sobre Teoria Geral da Administração, indicavam aos acadêmicos que o mundo era dividido em duas grandes metades: uma correspondente às áreas de atração e, a outra, às áreas de repulsão. Ou ainda: existem centros e existem periferias.

A era da comunicação após Marshall Mc Luhan, expressa no livro “Comunicação como extensão da pessoa humana” deu um verdadeiro salto quântico com a internet. Assim, não podemos falar mais de centros ou periferias, locais que atraem e repulsam. Precisamos, na verdade estar atentos à existência de “tomadas” nas salas de trabalho. Se houver eletricidade, haverá possibilidade de comunicação. Mais ainda: comunica-se, hoje, sem a tomada e sem fio pelo processo inalâmbrico.

Por estas razões os profissionais precisam aprender a trabalhar em equipe, a participar de videoconferência e a aprender em grupo.

Quando estas três partes estiverem ativadas numa única pessoa, esta será a ideal para ser contratada porque conhece, inventa e se comunica.

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Hamilton Werneck

Hamilton Werneck

Eis um homem que representa com exatidão o significado da palavra “mestre”. Pedagogo, palestrante e educador, Hamilton Werneck compartilha com os leitores de A VOZ DA SERRA, todas as quartas, sua vasta experiência com a Educação no Brasil.

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