Considerações sobre a violência - Parte 1

quinta-feira, 04 de agosto de 2016

Há quem busque a causa da violência entre os transtornos causados pela reação Schumann, experimentada pela primeira vez em 1952. Este cientista estudando as pulsações dos vertebrados e da atmosfera, medindo-as em hertz, constatou que havia um perfeito equilíbrio. Toda a atmosfera e os vertebrados vibravam a 7,2 hertz.

O que ocorreu com o acompanhamento da atmosfera e dos vertebrados até o final do século 20 e início do século 21 foi uma aceleração da pulsação da atmosfera que envolve a terra, chegando a 13 hertz, enquanto os vertebrados permanecem em 7,2.

Tal disparate é considerado por muitos como a causa de reações humanas completamente inesperadas. Trata-se de uma hipótese, no entanto, como sabemos que as reações atmosféricas nos atingem, elas podem provocar reações diante desse tipo de descompasso.

Hoje, considerando-se as metodologias de ensino e os sistemas de aprendizagem, diante da neurociência que aprofundou a partir da década de 1990 os estudos sobre o cérebro, sabemos que os ritmos são diferentes, crianças com raciocínio concreto não têm, ainda, a possibilidade de dar saltos abstratos. 

Mas, na década de 1950, por exemplo, por desconhecimento dessas questões, muitas crianças poderiam ser castigadas porque não estavam aprendendo. Esta situação é diferente no Brasil, conforme suas regiões, através dos tempos e, ainda mais diferente, quando a verificamos em outros países do oriente médio e Índia.

Por exemplo, a palmatória só foi banida do Maranhão depois do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e, mesmo assim, em municípios distantes da foz do Amazonas, ela ainda está dependurada nas paredes.

A violência explícita nas escolas brasileiras têm suas histórias através dos tempos, onde os mais antigos até aceitam esta metodologia tipicamente espartana como um bom método para a educação. É verdade que ao lado das escolas os pais batiam nos filhos, usando chinelos, a própria mão, réguas e varas, correias e cintas.

Colocar de castigo com o rosto para a parede, ficar ajoelhado em caroço de milho, receber bolos de palmatória, beliscões de professoras com unhas afiadas, socos na cabeça e puxões de orelha eram métodos aplicados nas salas de aula que existiam e as famílias aceitavam plenamente.

Não se questionava a desvalorização que a escola atribuía à parte mais nobre do corpo, a cabeça e o rosto da pessoa. Batia-se justamente onde a auto estima era mais prejudicada. Também por estas razões muitas crianças com alguma dificuldade de aprendizagem abandonavam as escolas.

Em épocas de agricultura primitiva, onde a enxada era a ferramenta mais moderna, a saída da escola significava ir para o campo trabalhar duro e pesado. O grande mal é o tempo ter passado e muitas pessoas ainda terem saudades dele e não se voltarem para mais estudos aprofundados a respeito.

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Hamilton Werneck

Hamilton Werneck

Eis um homem que representa com exatidão o significado da palavra “mestre”. Pedagogo, palestrante e educador, Hamilton Werneck compartilha com os leitores de A VOZ DA SERRA, todas as quartas, sua vasta experiência com a Educação no Brasil.

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