Máquina de corrupção

Edição de 19 e 20 de novembro de 1966

• É certa a vitória do dr. Amâncio Azevedo, que vence espetacularmente em quase todas as urnas já apuradas. Tanto a zona urbana, como a suburbana e a rural, estão oferecendo verdadeira consagração em votos ao “Médico dos Pobres”. Calcula-se que somente na segunda-feira próxima estará concluída a apuração. O povo está julgando a atual administração municipal, confirmando o seu repúdio ao estado de coisas dominantes na esfera administrativa da nossa comunidade.
• Álvaro de Almeida e Waldir Costa estão na vanguarda. Os dois candidatos a deputado estadual comandam a ponta das colocações em nosso município. A opinião geral é que os dois candidatos estão virtualmente eleitos.
• Maria Duque Estrada Laginestra. O dia 25 próximo é de grande gala para os amigos da senhora Maria Laginestra que, na mencionada data, festeja mais um aniversário. O natalício da ilustre dama enseja aos seus incontáveis admiradores a oportunidade de demonstrações de amizade e de afetividade àquela que, no seio da sociedade friburguense pontifica como estrela de primeira grandeza.
• Ninguém, absolutamente ninguém, poderia ganhar uma eleição para prefeito em Nova Friburgo, tendo como sustentáculo e chefe de equipe eleitoral o doutor engenheiro prefeito. O povo teria que julgar a atual administração, conforme vínhamos declarando e o julgamento não poderia ser outro do que a vitória do extraordinário e querido “Médico dos Pobres” -- Amâncio Azevedo -- que em sua passagem pela prefeitura demonstrou capacidade administrativa, como também sensibilidade na resolução dos problemas das classes humildes.
• Líder de verdade. Está confirmado o que dissemos em anterior edição. O dr. Amâncio Azevedo é um líder de verdade especialmente do mais alto prestígio pessoal, querido em todas as camadas sociais e de fato preferido para governar o nosso município.
• O eleitorado friburguense deu sobejas provas de amadurecimento cívico comparecendo as urnas em massa, no dia 15 passado – 22.612 eleitores nas 96 urnas instaladas nas zonas urbanas, suburbanas e rurais.
• O maior prefeito que o município possuiu -- Amâncio Azevedo -- que com a diminuta arrecadação dentre outras obras pavimentou 105 logradouros foi o preferido pelo povo para no próximo quatriênio repor a máquina administrativa municipal no seu devido lugar, fazendo o povo novamente sorrir.
• A máquina de corrupção eleitoral, das benesses governamentais, do direito de força, das tentativas de compra de consciência, do empreguismo e do dedodurismo, não venceu o povo em suas caminhadas para eleger os homens públicos e de livremente escolher os administradores de sua confiança.
• AVS registra os aniversários de: Marizette Braune (20); Nelson Kemp, Maria Cristina Cordeiro (21); Sérgio Miranda, Regina Lúcia Yunes (22); Oswaldo Carpenter Meyer, Nelly Monteiro Kappel, Regina Célia Milled (23); Ricardo José Oliveira, Olinda Vasconcelos Coutinho (24); Maria Duque Estrada Laginestra; Constantino Lompreta (25); Paulo Folly (26); Adriana Ventura e Ester Pecly Ventura (27).
• Em “Momento Infantil”, dr. Miranda Fortes fala da alimentação das crianças. Ele destaca a necessidade de açúcares e gorduras.
• Em “Nova Friburgo na Sociedade”, W.Robson assina “Terra adorada entre outras mil!”. “Num linguajar democrático falam as urnas por este Brasil afora. Queira Deus, que as mãos diferentes que a elas correram, tenham sido impulsionadas por um só desejo, que bem nitidamente expresse um Brasil melhor e digno dos nossos filhos. Afirma-se que o movimento revolucionário na sua incontida ânsia moralizadora, levou de rodão alguns nomes inatacáveis”, diz ele.
• Em “O que se faz e o que se diz por aí”, João Saldanha fala que: “O fim de semana em Nova Friburgo foi dos mais ecléticos: as ruas movimentadíssimas, como há muito não se via, o eclipse e o sol que encheram as calçadas de gente olhando para o céu, e a até a chuva não afugentou os já tão conhecidos “profetas eleitorais”, pregoeiros, alguns, de imaginárias prisões, cassações ou impugnações características de quintas colunas de bares ou botequins”.
• Em “Retalhos”, J.B da Silva diz: “discurso que não pronunciamos no comício de encerramento da campanha do MDB, vamos transcrevê-lo  em retalhos para o arquivo de determinados leitores que nos acompanham. Agora, neste comício em que, de nossas partes julgamos, esteja se cumprindo a etapa derradeira de uma batalha gigantesca.