"A Síndrome do 2 x 1" ou "A Instabilidade que Prejudica"

terça-feira, 01 de setembro de 2015

De 21 jogos disputados pelo Brasileirão deste ano, o Fluminense teve nove partidas terminadas em 2 x 1, sendo, cinco delas contra. Para quem gosta de estatística, aí vai: 42,8% dos jogos do Flu terminaram em 2 x 1. O problema é que 55,5% foram resultados negativos.

Vale lembrar que os dois jogos disputados pela Copa do Brasil, contra o Paysandu, também tiveram o mesmo resultado, 2 x1, ambos, felizmente, a nosso favor.

No Carioca o Flu também mostrou gostar desse placar, iniciando o campeonato vencendo o Friburguense. Depois veio o Bangu, na terceira rodada. Mas o Volta Redonda venceu o Flu por 2 x 1, logo depois. O Flu ainda teve, a seu favor a partida contra o Madureira e a primeira das semifinais, contra o Botafogo. Mas o alvinegro conseguiu outro 2 x1 na partida seguinte e venceu nos pênaltis, indo para a final.

Somando todos esses "2 x 1", a torcida já teve que aguentar dezessete jogos com esse placar.  Sete derrotas, dez vitórias. Dez vitórias que fizeram os tricolores reforçarem a marca do "Time de Guerreiros". Jogos no sufoco, nervoso até o último minuto para, enfim, podermos explodir de felicidade. 

Mas o que um placar de 2 x 1 pode nos dizer? A meu ver, o grande problema do Flu este ano: instabilidade. É comum a equipe começar ganhando e simplesmente não aumentar o placar e ver o adversário empatar. E aí ficamos a mercê de quem fará o gol de desempate. Quando somos nós, somos um "Time de Guerreiros", mas e quando não somos?

Esperar  um gol salvador é sempre um risco e mostra que estamos errando. Sim, o time do Flu vem errando muito. Independente de perder ou ganhar uma partida. E piorou com Ronaldinho, esta é a verdade. Coincidência? Não. É claro que a culpa não é só dele. Estamos com problemas de contusão - principalmente Fred - expulsões, vendas de atletas e chegada de outros. Difícil arrumar um time com tanta confusão. Mas quando chega um jogador candidato a ídolo, o momento se torna perigoso. Principalmente se o ídolo em questão for  um jogador em fim de carreira, pior, sem a mínima identificação com o clube. Ronaldinho é um craque, isto é fato. E poderia - ou melhor, poderá - ajudar o Flu caso esteja em forma e realmente com vontade de jogar. Mas até agora não disse para o que veio. Enquanto isso o time perde seu padrão de jogo. Até porque não dá para saber quando pode-se ou não contar com o R10.  O jeito é torcer para que Enderson Moreira consiga encaixá-lo de forma mais produtiva na equipe e que, claro, ele não tenha apenas voltado ao Rio a passeio. 

É aguardar. E que se houver outros 2 x 1 que seja a nosso favor.

Copa do Brasil

Depois de vencer as duas partidas por - advinhe - 2 x 1 contra o Paysandu, o Flu pega o Grêmio pelas quartas de final da Copa do Brasil, de acordo com sorteio realizado na sede da CBF na segunda-feira, 31 de agosto. A primeira partida será no Marcanã, dia 23 ou 24 de setembro. Já a partida de volta acontece dia 30 de setembro ou 1º de outubro, em Porto Alegre.

Volta de Michael

Após cinco meses cumprindo suspensão por ter sido pego no doping, o centroavante Michael está liberado para atuar pelo Fluzão, tanto no  Brasileirão, quanto na Copa do Brasil. Mineiro, de São Francisco de Sales, eles está nas Laranjeiras desde 2011.

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