R10 e Fred: uma dobradinha que tem tudo pra dar certo

segunda-feira, 03 de agosto de 2015

Duas rodadas sem escrever esta coluna e muitas emoções. Como dizia "Odete", personagem de Mara Manzan na novela "O Clone",  cada mergulho é um flash. Todo dia é uma emoção. Muitas vezes boas, outras nem tanto. Mas todas estão dando o que falar. De time desacreditado, após a perda do patrocinador de anos e anos, o Flu conseguiu ser uma das atrações do Brasileirão. Embalou e chegou ao G4. Nessa tragetória, perdeu jogadores importantes, entre eles, os mais recentes, Wagner e Kenedy e ganhou outros. Osvaldo, Wellington Paulista e....Ronaldinho Gaúcho! O R10! Contratação polêmica, com disputa com o Vasco do falastrão Eurico Miranda. Torcida dividida. Todos reconhecem seu inegável e imenso talento, mas a idade, o histórico de farras e a camisa do Flamengo quatro anos atrás ainda pesam. Mas a esperança era que seus fenomenais passes e cobranças de faltas pudessem ajudar o Flu. E a torcida se apegou a isso, claro.

Mas voltando às duas rodadas anteriores, já com R10 confirmado, o Flu, que vinha bem consegue perder justamente para quem não podia: o Vasco! Primeiro porque o elenco tricolor é muito melhor e vinha ganhando de todo mundo. Segundo, porque o Vasco estava - e continua - na zona de rebaixamento. Terceiro, por ter dado um tapa com luva de pelica no presidente do clube da cruz-de-malta, no caso Ronaldinho e por último, por ter sido na semana em que o Fluminense Football Club completava 113 anos. Sim, 113! Mas nada disso sensibilizou os "deuses do futebol" e o Vasco venceu, inacreditavelmente, a partida. Realmente, o flu é bem "cada mergulho um flash". Haja coração. Na sequência, o tricolor foi a Santa Catarina. O garoto Marcos Junior, cada vez se firmando mais na equipe titular fez o gol para nós. Mas não teve jeito: Flu 1 x 2 Raphael Claus...aha....desculpe, Chapecoense.

As duas derrotas fizeram o Fluzão descer na tabela, saindo do G4. Apesar disso, a expectativa da estreia de Ronaldinho suplantava qualquer comentário negativo. E logo contra quem? Grêmio! Clube que revelou o R10 e, provavelmente, o time de coração do craque. Quem passou pela rua Álvaro Chaves (sede do Flu) e imediações, no último dia 28, viu a grande movimentação causada pelo primeiro treino de Ronaldinho no gramado das Laranjeiras. 

E finalmente chegou a hora: sábado, 1º de agosto, 18h30, no Maracanã. Infelizmente, sem Fred, lesionado. Mas com outra (polêmica) estreia: Wellington Paulista. A torcida compareceu em massa mas, mesmo com a força, a partida não foi fácil. Mas os dois estreantes fizeram bonito: num bonito lançamento de Ronaldinho, Wellington Paulista deu um passe de cabeça para Marcos Junior (ô garoto bom!) que fez o gol da vitória.  Com a combinação dos resultados da 16ª rodada, o Fluzão voltou ao G4, estando atrás apenas o Galo e do Corinthians. O próximo compromisso é sábado, 9, às 18h30, na Ressacada, em Florianópolis. 

Que venha o Avaí!

Cadê o futebol no resto do país?

Acabo de chegar de uma viagem ao centro-oeste do Brasil, mais especificamente, Brasília, Cuiabá e Chapada dos Guimarães. A capital do Brasil e a do Mato Grosso foram comtempladas com milhões e milhões de reais para terem estádios "padrão Fifa": o Mané Guarrincha e Arena Pantanal, respectivamente. Mas o que se vê nas duas cidades, é que os moradores locais preferem torcer por times do Rio, São Paulo e Minas, esvaziando assim, os jogos entre equipes da própria terra. O fortalecimento dessas equipes passa longe. É claro que, de vez em quando, a gente se depara com um ou outro time fora dos grandes centros se destacando num campeonato. Mas logo depois seus jogadores são vendidos e os clubes voltam a sofrer com o esquecimento até de quem deveria vestir suas camisas. A pergunta é: se é pra investir bilhões em estádios situados em cidades de times sem expressão, porque não investir também em escolinhas, como a do Flu, que além de cumprir seu papel social, ainda revela grandes craques? E porque não criar projetos que venham a reforçar o futebol (inclusive o feminino) dos milhares de municípios espalhados pelo Brasil, incentivando suas populações a terem times e ídolos próprios?

Bom retorno, Ricardo Gomes!

Depois de quase quatro anos se recuperando de um Acidente Vascular Cerebral, Ricardo Gomes emocionou a todos em sua volta comandando uma equipe de futebol, o Botafogo. Com a garra dos tempos de jogador, Ricardo - ainda com sequelas - tenta recuperar o tempo perdido. Ricardo Gomes iniciou a carreira de jogador no Fluminense, time que ele ajudou a ganhar títulos, inclusive o Brasileiro de 1984. Muito respeitado e admirado numa equipe que tinha, entre outros Washingto, Assis e Romerito, o zagueiro chegou a Seleção Brasileira e marcou seu nome na história tricolor. Boa sorte, Ricardo! E, quem sabe, um dia você volte para sua verdadeira casa, as Laranjeiras!

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