45 anos de O Poderoso Chefão

quinta-feira, 04 de maio de 2017
Foto de capa
Diane Keaton, Robert De Niro, Robert Duvall, Francis Ford Coppola, James Caan, Al Pacino e Talia Shire, no Radio City Music Hall (Foto: Kevin Mazur)

O filme O Poderoso Chefão completa 45 anos em 2017, e, para celebrar sua história, o elenco, em rara união, se encontrou neste 30 de abril no Festival de Tribeca, em Nova Iorque. O evento, organizado por Robert De Niro, Jane Rosenthal e Craig Hatkoff, recordou histórias da daquele que é considerado como um dos maiores e mais influentes filmes da história.

O Festival de Cinema de Tribeca (Tribeca Film Festival) foi fundado em 2002 em homenagem às vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Center e à perda de vidas no bairro de TriBeCa (Triangle Below Canal Street), em Manhattan. A missão do festival é permitir que a comunidade internacional de cinema e o público em geral, experimentem o poder do cinema, redefinindo a experiência de festival de cinema.

Os fãs assistiram a versões restauradas de O Poderoso Chefão I e II, seguidas por uma mesa de discussão moderada pelo diretor Taylor Hackford. O debate levou nove horas, o tema girou em torno do quão difícil foi realizar o filme. Na época, a Paramount Pictures criou muita resistência para iniciar as filmagens, já que Francis Ford Coppola era um diretor novato e o ator Al Pacino se resumia a suas experiências no teatro. A demora foi tanta que Pacino chegou a desistir do papel de Michael Corleone, acreditava que se encaixaria melhor na pele de Sonny Corleone, papel do ator James Caan. A produtora sequer acreditava na história do livro de Mario Puzo, era tido como longo e cansativo. E têm mais, os executivos estavam convencidos de que lançar Marlon Brando como Don Vito Corleone não seria "comercialmente benéfico".

Em 2008 tive o privilégio de assistir a versão restaurada, comandada pelo próprio Francis Ford Coppola, no formato película 35mm no Festival do Rio. A sessão foi no antigo Cine Palácio, localizado na Cinelândia - RJ. Ainda teve a fato histórico de ser a cópia particular do diretor, e, devido a isso, os rolos não puderam ser colados e muito menos ter legenda embutida. A cada 25 minutos a sessão parava para a troca de rolo e a legenda era eletrônica. A sessão estava esgotada, ou seja, quase mil pessoas dividiram comigo essa experiência incrível.

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