Eles ainda não entenderam...

segunda-feira, 03 de agosto de 2015

Limitações à parte, não dá para admitir um 0x0 com o Luverdense no estádio Nilton Santos. Pelo menos um gol deveria ter saído. De mão, de pênalti, contra, de perto, de longe, de sorte. Não importa. A compreensão do peso da camisa que se veste deve ir muito além de problemas táticos e técnicos. Pior do que faltar qualidade é não lutar com todas as forças. Às vezes parece faltar ímpeto, vontade de vencer. Falta entender que ninguém pode sair do Rio de Janeiro ileso quando enfrentar o Botafogo. Eles ainda não entenderam o que é o Glorioso.

Como já escrevi algumas vezes, não vamos cobrar espetáculo. Com o elenco limitado que o Botafogo possui seria impossível. Mas os jogos contra Criciúma e Luverdense beiraram o ridículo. No primeiro, não fosse Jéfferson, o resultado poderia ter sido pior. No último sábado, o melhor goleiro do Brasil praticamente não trabalhou. Mas o camisa 1 do time visitante também não.

Difícil fazer qualquer análise tática com apenas três dias de trabalho de Ricardo Gomes. O retorno do treinador ao futebol, aliás, foi a nota positiva no estádio Nilton Santos. Com o tempo – depois desse jogo já, acredito - ele vai perceber que precisa mudar algumas coisas. Onde estão os uruguaios, contratados para serem titulares¿ E o Elvis¿ Vai ficar machucado por quanto tempo mais¿ São apenas alguns questionamentos, dentre outras certezas: Sassá é eterno reserva (no máximo, e apenas para a série B); Diego não está pronto; Diego Jardel faz a melhor e a pior jogada da partida quando está em campo; Rodrigo Pimpão, por incrível que pareça, faz falta.

Fato é que não adianta lamentar muito. Queremos apenas voltar para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Não importa como. Mas para tanto é preciso lutar mais. Entender que existem milhões de apaixonados, que vivem o Botafogo e literalmente adoecem quando as coisas não vão bem – tive febre, confesso, depois do jogo. Quando essa Estrela está em campo, nada mais importa. E os escolhidos precisam de uma resposta imediata. Pra já! Uma hora a sorte, que ainda nos mantém na liderança, acaba.

Sem inspiração alguma para escrever depois de dois resultados pífios, eu fico por aqui. 

Saudações alvinegras e, apesar dos pesares, “Mais eu vivo, mais te amo!”

 

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