Solitários sem planejamento

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Solitários sem planejamento

Pesquisa sobre endividamento revela que oito em cada dez pessoas que moram sozinhas não se planejam financeiramente para custear as suas despesas. O levantamento inédito foi feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Morar sozinho contribuiu para que 34% dos entrevistados extrapolassem o orçamento em alguns meses e 66% dos entrevistados não fizessem um controle efetivo de seus gastos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que mais de 10 milhões de pessoas vivem sozinhas no país, número que cresceu quase 40% na última década.

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Ainda de acordo com a pesquisa, não ter alguém para dividir as contas foi usado como justificativa para as dívidas em 49% dos casos. A falta de planejamento leva 25% dos que moram sozinhos ao endividamento. Já 41% responderam que, no fim do mês, não falta nem sobra dinheiro, e 23% estão no azul. Outros 41% ficaram inadimplentes nos últimos 12 meses e 62% continuam na inadimplência.

Refrigerantes na berlinda

Redes de fast-food podem ser obrigadas a mudar a forma de vender refrigerantes. O Ministério da Saúde quer suspender a venda de refrigerantes em refil. Nesse sistema, o consumidor paga uma vez pela bebida e pode se servir quantas vezes quiser – ou quanto o estômago aguentar. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que pesquisas mostram que há um aumento de 35% no consumo de refrigerante quando a bebida é comprada pelo sistema de refil.

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Segundo ele, a intenção da pasta é fechar um acordo voluntário com as redes de fast food para acabar com a oferta de bebida em refil. Questionado que medidas poderiam ser tomadas caso o setor não aderisse voluntariamente, ele afirmou que alguns países já possuem leis proibindo a venda de refrigerantes em refil. E que o Brasil poderia adotar um modelo parecido. Segundo estimativa da pasta, o país possui cerca de mil lojas de restaurantes de fast-food que servem refrigerante em refil.

Deflação em junho

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou deflação (queda de preços) de 0,62% neste mês de junho. Essa é a terceira taxa de deflação mensal consecutiva registrada pelo indicador, que teve quedas de preços de 0,76% em abril e de 1,10% em maio. O índice, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumula deflação de 1,43% no ano e inflação de 0,08% em 12 meses. Dois dos três subíndices que compõem o IGP-10 tiveram taxas maiores em junho do que em maio. Apesar de continuar registrando deflação, o Índice de Preços ao Produtor, que analisa o atacado, subiu de -1,74% em maio para -1,17% em junho.

Áreas turísticas

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou projeto de lei senador Roberto Rocha (PSB-MA) que autoriza o governo federal a criar Áreas Especiais para Desenvolvimento Turístico (AET). A intenção é aumentar a competitividade do Brasil como destino de turistas estrangeiros. A proposta recebeu parecer favorável, com emendas, do senador Benedito de Lira (PP-AL) e segue para votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Essas áreas especiais deverão atender a uma série de requisitos, como potencialidade turística e facilidade de acesso a portos e aeroportos internacionais, além de contar com um plano de exploração da área, acompanhado de estudos de viabilidade técnica e econômico-financeira. Os prestadores de serviços autorizados a operar nessas áreas poderão comprar, dentro ou fora do Brasil, bens e serviços com isenção de vários impostos e contribuições. As isenções terão a duração de 20 anos.

Isenções para deficientes

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou proposta que isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) órteses, próteses, cadeiras de rodas motorizadas, leitos, macas e seus acessórios e ainda equipamentos de informática quando destinados a pessoas com deficiência comprovada por laudo médico. A isenção valerá por cinco anos a partir da promulgação da nova lei, caso ela seja aprovada. O benefício só poderá ser utilizado uma única vez a cada dois anos pelo interessado.

Poupança melhora

Com a inflação em queda, a poupança voltou a ser um investimento interessante. No acumulado de 12 meses até maio, a tradicional caderneta registrou ganho real de 4,3%. Esse é o melhor resultado para o período desde 2006. A relação entre rendimentos e inflação é importante para definir se o investidor ganhou ou perdeu dinheiro com um produto financeiro. Se a inflação é mais alta que o retorno da poupança, por exemplo, houve perda e o investimento foi corroído. Caso o ganho da poupança supere o indicador oficial de inflação, significa que houve ganho real.  

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