Rombo do governo

sexta-feira, 16 de março de 2018

Rombo do governo

Os economistas melhoraram a projeção para o déficit primário do governo em 2018 e também para 2019, segundo o relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda. Os dados apontam a expectativa para a queda do déficit primário deste ano para R$ 139,132 bilhões, contra R$ 149,186 bilhões.

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Com isso, permaneceu dentro da meta estabelecida pelo governo, que é de um saldo negativo de R$ 159 bilhões. Em um bom início de ano, o governo ganhou mais argumentos para reiterar a viabilidade do cumprimento da meta para 2018, com a melhor arrecadação para janeiro desde 2014 e o melhor resultado histórico no mesmo período.

Fechando no vermelho

A Petrobras registrou um prejuízo de R$ 446 milhões em 2017, ante prejuízo de R$ 14,824 bilhões em 2016. É o quarto ano seguido que a estatal do petróleo fecha no vermelho. O resultado negativo é explicado por dois motivos: primeiro porque a petrolífera aderiu em outubro ao programa do governo federal para regularizar débitos atrasados com a União. Segundo porque a companhia fechou em janeiro acordo bilionário com a Justiça dos Estados Unidos pelo qual irá ressarcir investidores que se sentiram prejudicados com a queda dos papeis da companhia provocada pelas investigações da Lava Jato.

Novos investimentos

A Energisa projeta investimentos de R$ 1,8 bilhão este ano, dos quais cerca de R$ 1,649 bilhão pelas suas distribuidoras. A concessionária de energia que atua em Nova Friburgo possui concessões de distribuição em Minas Gerais, Sergipe, Paraíba, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo e Paraná.

Gastando menos

As famílias gastaram menos em março com alimentação, fato que arrefeceu a inflação ao consumidor no Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IPC-10 subiu 0,10% em março, após uma alta de 0,57% em fevereiro. Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas, com destaque para o grupo alimentação, que passou de elevação de 0,78% de fevereiro para queda de 0,31% em março. Houve impacto do item hortaliças e legumes, que caiu 0,99% em março, após subir 11,56% no mês anterior.

Juros baixos

O presidente Michel Temer (MDB) cobrou na quarta-feira, 14, em discurso em Ribeirão Preto-SP, redução nos juros do crédito imobiliário O recado foi dado ao presidente do banco Santander no Brasil, Sérgio Rial. Minutos antes, no mesmo evento, Rial afirmou que o "país já convive com taxa de 1% ao mês no (crédito) consignado e de 9,49% (ao ano) de crédito imobiliário". Temer citou a fala, lembrou da queda na taxa básica de juros, e emendou: "Peço para reduzir um pouco mais", disse.

Importados crescem

Depois de três anos de queda, o consumo de produtos importados cresceu em 2017 no Brasil. De acordo com o estudo Coeficientes de Abertura Comercial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de cada 100 produtos vendidos no Brasil no ano passado, 17 eram importados. Em 2013, 18,2% dos produtos vendidos no mercado interno eram estrangeiros. Desde então, esse percentual caiu, chegando a 16,4% em 2016. Em 2017, subiu para 17%.

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Os importados também voltaram a ganhar participação no total de insumos utilizados pela indústria. Em 2013, a participação desses produtos era de 26,1%. Em 2014 começou a cair, chegando a 22,5% em 2016. Em 2017,  foi de 23,5%.

Carga tributária

A redução da carga tributária no Brasil depende do corte de despesas, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Estamos conseguindo isso com a imposição de um teto de aumento dos gastos públicos”, reinterou. E acrescentou que a reforma da Previdência também é fundamental para “eliminação de privilégios” e para cortar gastos. Para Meirelles, a redução da carga tributária, sem a redução de despesas, levaria a um aumento da dívida pública, com a consequência de causar alta nos juros e na inflação.

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