Renda mais baixa

sábado, 18 de novembro de 2017

Renda mais baixa

No período entre julho de 2006 e setembro de 2017, a inflação foi mais pesada para a população de renda mais baixa. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e publicados na nota técnica sobre inflação por faixa de renda indicam que, no período, enquanto a inflação ficou em 102% para quem tem renda mais baixa, registrou 86% para os de renda mais alta.

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A técnica de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Maria Andréia Parente Lameira, destacou que, neste período, houve uma influência grande dos alimentos. “Neste tempo de 10, 11 anos, mesmo havendo uma queda recente no preço de alimentos, observa-se pelo menos dois choques fortes de alimentos, que jogaram a inflação lá para cima, e isso, de fato, pesou muito mais nas famílias de renda mais baixa”, disse.

Alta na economia

O estudo que mede o comportamento dos principais movimentos econômicos registrou nova alta em outubro, confirmando a tendência de crescimento da economia brasileira. O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil subiu 0,6%, em outubro sobre setembro, chegando aos 110,9 pontos. Dos oito componentes do Iace, seis ajudaram a elevar a taxa. A maior participação partiu do Índice de Expectativas do Setor de Serviços, que teve alta de 2,3%.

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A medição, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em parceria com o instituto de consultoria norte-americano The Conference Board (TCB), avalia as mais importantes ações do mercado de capitais, títulos públicos e pesquisas de sondagem da confiança de empresários e consumidores.

Desemprego no Brasil

Dos 13 milhões de brasileiros desempregados, 8,3 milhões são negros ou pardos, segundo levantamento divulgado na última quinta-feira, 16, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de desocupação entre o grupo (percentual da população com idade para trabalhar, mas que está desempregada) ficou em 14,6% no terceiro trimestre de 2017. Entre os trabalhadores brancos, esta taxa é de 9,9%. Os dados fazem parte da Pnad Contínua Trimestral (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Simples para os jovens

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços rejeitou o projeto de lei complementar 384/2017, do deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB), que concede desconto de 10% no Simples Nacional, quando o titular, administrador e sócios da microempresa forem pessoas com idade entre 18 e 25 anos. O texto propunha a alteração do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (lei complementar 123/2006). A lei estabelece normas para tratamento diferenciado a micro e pequenas empresas como regime unificado de recolhimento de oito tributos e dispensa de algumas obrigações acessórias.

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Segundo o relator na comissão, deputado Helder Salomão (PT-ES), os incentivos fiscais devem ser, na medida do possível, os mais uniformes possíveis para evitar um comportamento de buscar simplesmente não pagar tributos. “Não deve haver discriminação entre proprietários, para o benefício ser para todas as micro e pequenas empresas, independentemente dos acionistas”, justificou.

Redução nos preços

A Petrobras reduziu na sexta-feira, 17, os preços da gasolina e do diesel nas refinarias em todo o país. Segundo nota divulgada pela empresa, o diesel teve queda de 1,3%, enquanto a gasolina caiu 0,38%. No sobe e desce dos preços dos dois combustíveis nas refinarias, em sintonia com a nova política da estatal de acompanhar as oscilações dos preços das duas commodities no mercado internacional – onde os aumentos e redução são quase que diários, esta é a sexta queda de preços anunciada pela Petrobras somente este mês para o óleo diesel.

Alto crescimento

Em 2015, do total de 2,5 milhões de empresas ativas existentes no Brasil, 25.796, o equivalente a 1%, eram empresas de alto crescimento, o que significa que ampliaram em média 20% o número de empregados durante três anos consecutivos e pelo menos dez pessoas estavam ocupadas no início do triênio.

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As empresas de alto crescimento representavam 5,4% das ativas com dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas naquele ano. Em comparação a 2014, o total de companhias de alto crescimento caiu 17,4%, somando 5.427. As informações são do IBGE. Embora as empresas de alto crescimento correspondam a apenas 1% do total de companhias ativas em 2015, elas respondem por 67,7% do total de postos de trabalho gerados de 2012 a 2015 por empresas com mais de uma pessoa ocupada.

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